Interrogatório

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Esse deve ser o capítulo com mais diálogos dessa fic

— Você deve ser o famoso Huang Zitao! — Chanyeol cumprimentou o ômega assim que o avistou. — Não tivemos a chance de nos conhecermos antes.

Os olhos azuis analisaram o alfa na sua frente, que estendia a mão para si. Por um momento, olhou de relance para Yifan ao seu lado e se encolheu um pouco pela fala do analista. No entanto, segurou a mão do mesmo por educação.

— Senhor Park, certo? — o homem assentiu. — É um prazer conhecê-lo.

— O prazer é todo meu! — sorriu ladino. — Yifan não me disse que o traria aqui hoje, se eu soubesse teria me preparado melhor.

— Se preparado para o quê? — Tao questionou.

— Para conversar com você sobre os acontecimentos em relação a sua família. — Zitao arqueou a sobrancelha e Yifan soltou um riso soprado pela audácia do Park. — Faz parte do meu trabalho aqui.

— Então que bom que eu não te disse. — o lúpus falou. — Não estamos aqui para participar do seu joguinho de gato e rato. Estamos aqui porquê trouxemos Jongdae para depor.

— Você tem razão, xerife, nosso foco maior é o que Huang Jongdae tem a nos dizer, mas tenho certeza que Zitao não se importaria em dedicar alguns minutos para mim após terminarmos com o tio dele.

O Wu revirou os olhos, porém não disse nada ao olhar o ômega ao seu lado. Zitao mordeu o lábio inferior, levemente acuado pelo comportamento dos dois alfas. Sabia que Yifan não simpatizava com a ideia do Park mas o lúpus estava lhe dando o espaço para escolher o que quisesse fazer.

— Não será um problema, eu acho… — sussurrou.

— Ótimo! — Chanyeol sorriu. — Jongdae nos aguarda na sala de interrogatório, Yifan.

— Eu irei logo…

Assim que o alfa se retirou de perto do casal, Yifan se virou para o ômega. No momento em que sua consciência pareceu compreender que o Huang estava ali em sua frente, não demorou a pedir para que o mesmo o acompanhasse até a delegacia. Não estava o prendendo — pelo menos não ainda —, mas era necessário que o mesmo esclarecesse algumas coisas, e quando Zitao descobriu que o homem que chamou por si era seu tio, não pensou duas vezes antes de acompanhar os dois.

Zitao ainda não se lembrava cem por cento daquele homem, mas a sensação familiar que ele lhe passava era enorme, e por algum motivo aquela voz lhe causava um grande desconforto.

— Nós iremos demorar um pouco, espere na minha sala se quiser.

Zitao franziu as sobrancelhas.

— Eu quero ir com você!

— Não pode ir comigo, Tao. — suspirou. — Você não tem autoridade para ver um interrogatório e eu não posso deixar que você vá, pelo menos não com Chanyeol na minha cola.

— Mas… — o ômega respirou fundo. — Eu acabei de me encontrar com ele, e se eu não tiver outra chance? E se ele souber o que aconteceu? Fan… se ele estiver envolvido, o que vai acontecer com o meu pai? — o tom de voz do mais novo diminuiu gradativamente.

— Eu vou descobrir, não se preocupe. — sorriu tentando passar conforto. — Vai ficar tudo bem, Tao!

Zitao sorriu fraco diante da promessa do lúpus. O xerife seguiu o mesmo caminho que o Park fizera, chegando até a sala onde era possível observar Jongdae sentado na sala de interrogatório pelo vidro refletivo. Chanyeol olhava a postura do Huang, que parecia um tanto calmo para alguém em sua posição.

Selvagem [wyf+hzt]Onde histórias criam vida. Descubra agora