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GenteM deixem suas estrelinhas de presente pra mim, eu vou amar recebe-las no final de cada capitulo, tenham uma boa leitura.

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1935

Uma vida atrás. . .

Ferrus Cortez e Afonso Terra os jovens mais cobiçados pelas prendas de Rio Pardo, filhos de famílias rivais, com uma história cruel entre seus antepassados que terminou em morte de ambas partes, a guerra entre as famílias segue pela terceira geração agora. Seus filhos são motivo de se gabarem. Ambos com quase 18 anos com as malas prontas para o Rio de Janeiro.

No armazém "Potranca azeda"

Luigi Terra se gabava do filho.

-Afonso fará medicina, voltará um doutor.

-Soube que o filho do Cortez também está indo pro Rio de Janeiro. -comentou Tenensio dono do Armazém.

-Espero que não se encontrem por lá! -disse Luigi estendendo o copo vazio para Tenensio.-Me dá mais uma de saideira.

-Soube da última briga entre os dois. . . achei que ia dar em um duelo.

-Os tempos são outros Tenensio.-disse ele empinando o último gole de canha.

. . .

Narrado por Afonso Terra:

-Vai ter uma bailanta na tenda do Manolo, vai ta cheio de chinoca pra gente bailar! -comentou João quando o encontrei a caminho da lida.

-De certo o verei lá então companheiro.

-Será sua despedida! -brincou ele.

-Nem me fale, ficarei tantos anos fora, sentirei falta das bailantas.

-Deve ter bailantas e muitas chinocas mui lindas por lá.

-Se tiver, de certo que estarei lá!

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 Ferrus Cortez:

-Cadê minha guaiaca nova mãe?

-Aqui filho! -disse minha mãe com a mesma nas mãos. -Está tão lindo Ferrus, sentirei tanto sua falta.

-Eu também mamá, lhe escreverei sempre que me sobrar tempo. -Lhe dei um beijo na cabeça. -Agora deixe-me ir, quero me despedir dos meus companheiros.

-Vai lá, não se meta em confusão.

Peguei meu cavalo zaino e fui para a tenda de Monolo, e fui recebido pela alegria de meus companheiros. Uma caneca de chopp foi me entregue por uma chinoca e a tirei pra bailar enquanto bebia. Eu era um bom pé de valsa, e . . .

-Pra bailar de cola atada. . . - O Terra iniciou a cantoria.

Tenho que admitir que aquele guri canta bem, mas jamais danço quando ele canta. Fui a mesa de carteado jogar e quase perdi as calças. Já estava podre quando resolvi ir embora, Juvenal me ajudou a subir no cavalo. Deixei que meu cavalo me carregasse pra casa, comecei a rir, enquanto chacoalhava em cima do cavalo, fiquei mais tonto do que já estava e apaguei em cima do cavalo.

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Afonso Terra:

-Buenas companheiros, me despeço de todos, nos vemos nas férias.

-Buena suerte companheiro.

-Buenas Afonso!

-Que Deus velho o acompanhe amigo.

-Hasta luego doutor!

Montei em minha égua, o sol já começava a clarear o horizonte, saio de viagem em poucas horas, em Porto Alegre pego uma embarcação. Confesso que estou com receio de andar de barco.

Quando seus olhos me encontramOnde histórias criam vida. Descubra agora