Tremenda confusão (parte 3)

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Já fazia uma hora que ele tinha pedido que ela trouxesse cópias dos documentos da ação do porto, não era possível tanta demora.

O dia estava com uma carga ainda mais estressante, primeiro Selin surge e tudo começa explodir aos poucos, ela passou dos limites ao destratar sua assistente e Eda passou dos limites sendo Eda.

Depois para piorar as coisas ele havia perdido uma reunião importante, por culpa dela. O fato dela ter arrumado depois, não justificava o fato dela ter bagunçado antes. E por conta disso ele estava ainda mais irritado, o que fez com que ela lhe lançasse olhares mortais durante toda a tarde.
Mas ele era o chefe!

Agora ele estava esperando documentos importantes que já deveriam estar em sua mesa o que faria com que ele já estivesse na metade da análise, mas não tinha se quer começado.

- Ah Eda, Ah! - deixou o escritório marchando firme entre as salas, se ela estivesse distraída com algum dos funcionários, ele não iria esperar até o fim da semana para arrancar a cabeça dela, de maneira figurativa é claro.

Eda estava debruçada sobre a impressora olhando os papéis saírem lentamente, estava de costas para ele, o jeans azul marcando as curvas de sua cintura, ele se viu afrouxar o nó da gravata quando encostou a porta atrás dele.

- Estou esperando a mais de uma hora Yldiz. - Ela saltou para trás com as mãos no peito.

- Que droga!!! - inspirou fundo e soltou em seguida. - poderia matar alguém entrando assim de fininho nos lugares sabia? Me assustou!

- De fininho? Eu fiz barulho... - caminhou até ela com as mãos nos bolsos. - Você não parece do tipo que se assusta fácil!

A voz dele se arrastou até ela, ele deu a volta na máquina e encarou as folhas saírem da impressora. - por que a demora?

- Primeiro, se estivesse no meu lugar entenderia, segundo sua impressora é uma droga!

- De novo essa birra com a impressora? - ela apontou as mãos para a máquina como se fosse óbvio - tem certeza que não estava sendo sociável por aí com os funcionários?

Ela respirou fundo. - Quantas vezes eu vou ter que dizer que este equipamento está ultrapassado?

- Estranho, ela parecia funcionar bem antes de você chegar, - ele se debruçou sobre a máquina. - Ninguém nunca reclamou dela.

- Isso porquê elas não tem coragem de dizer na sua cara que esta lata velha NÃO FUNCIONA!

A máquina engasgou, fez um ruído alto e então parou. - MAS QUE P...

- Você tem uma boca muito suja senhorita Yldiz! - ela o encarou ainda debruçado sobre a máquina.

- É a terceira vez que ela para, Ceren disse para não ofende-lá. - passou a mão pelos cabelos. - eu estava indo bem até você chegar.

- Agora a culpa é minha? Por favor, máquinas não tem sentimentos...

Ela imitou o gesto dele debruçando-se sobre o espaço restante, o rosto tão próximo ao dele que ela podia sentir o cheiro do shampoo dela uma mescla de cítricos e algo como lavanda?

- Concordo! - A voz dela arranhou a garganta, e os olhos castanhos capturaram os dele, algo na atmosfera tinha acabado de mudar, dentro dele lago se revirou e então tudo ficou escuro.

Literalmente escuro.

- Mas que diabos está acontecendo? - perguntou removendo o celular do bolso. Ouviu um baralho ao seu lado.

- Ai, Estamos sem energia? - tinha acabado de bater seu corpo contra um gaveteiro?

- Eda, é melhor ficar parada! - ele não podia ver o rosto dela, mas tinha certeza que ela tinha acabado de revirar os olhos!

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora