Um presente para você (parte 2)

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Estava tudo pronto.
Ela estava pronta!
Tinha um presente.
O presente perfeito!
Assim ela esperava.

Tinha passado o almoço fora, e mal teve tempo de comer qualquer coisa, atravessar a cidade não era algo rápido, durante o horário de almoço era quase impossível, fazer isso duas vezes em um espaço tão curto de tempo, era um milagre.

Encarou o objeto devidamente embrulhado em papel pardo e barbantes, a maratona tinha valido a pena.

Ele iria gostar!
Certeza que ia.

Mas e se não gostasse? Não tinha visto nada semelhante no apartamento dele.

Ele iria odiar!
Certeza que ia.

Consternada se sentou, cruzou os braços e encarou o objeto.

A luz verde se acendeu.

Não quero falar com você agora!”

- Sim!
- Onde estava?
- Sai para almoçar.
- Sozinha?
- Sim!
- Achei que quisesse passar um tempo comigo no meu aniversário.
- Eu queria.
- Então?
- Você não!
- Eda!
- Serkan! – encontrou o olhar dele – foi você que escondeu de mim.
- Não escondi de você!
- Também não me contou.
- Já disse que não é algo importante!
- Então porque se incomodou por não termos almoçado juntos?
- Eu queria apenas saber onde tinha se metido.
- Eu estava fazendo algo importante.
- O que?
Silêncio
- Eda?
- Oi!
- O que de tão importante estava fazendo?
- Serkan – Jogou o corpo contra a cadeira a fazendo deslizar levemente para trás. – Eu tenho trabalho agora se não se importa.

Olhou por cima do ombro, os olhos dele ainda estavam nela a boca levemente entreaberta.

Como era bom poder finalmente desligar na cara dele.

Adorável!”

Serkan saiu para uma reunião às 14 horas e retornou somente depois das 17 horas, Eda passou o dia ansiosa, será que ele iria gostar?

Ou iria odiar e pedir que ela tacasse fogo?

“Nem se atreva Serkan Bolat

Já passavam das 18 horas quando ela entrou em sua sala arrastando o presente dele.

Eda Yldiz tinha enrolado o presente de Serkan Bolat em nada mais que papel pardo.

- Eda? – Balançou a cabeça confuso. – O que é isso?

- Seu presente! - Sorriu animada – Fui buscar no almoço.

- Arrastou isso pela cidade? – confirmou. – Não precisava ter feito isso!

Ela suspirou equilibrando o objeto com as mãos.

- Não fiz porque precisava, fiz porque eu quis.

Ele pois as mãos na cintura encarando a mulher a sua frente.

- Okay! – Caminhou até ela – O que é isso?

- Você precisa abrir... – passou o objeto para ele, o sorriso se desmanchou, ela o encarou. – Não vai queimar!

- Queimar?

- Esquece!

- Posso abrir?

- Pode! – Ela cobriu o rosto com as mãos.

Escutou o papel se rasgar, espiou entre os dedos, viu a expressão séria no rosto dele.

Ele odiou!”

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora