Sou grato/a por (parte 2)

2.9K 272 43
                                    

- O que está fazendo aqui? - ele passou pela sala se apoiando na entrada da cozinha.

- É feriado!

- Você estava em Los Angeles! - Se levantou.

- Eu estava, então peguei um vôo de volta e agora estou aqui.

- Porque?
Ele deu de ombros.
Engin tossiu atrás dela.
Ela virou o rosto para ele.

- Sobre isso, a casa é dele.
Eda passou o olhar de um para o outro.

- Então você sabia que eu estaria aqui e ainda assim resolveu vir?

- Porque eu não viria Eda?
Sorriu se aproximando dela.

- Por que eu estou aqui! - agitou as mãos no ar.

- Um ótimo motivo para estar aqui na minha opinião. - esbarrou nos ombros dela e se sentou.
Passou os braços pela cabeça, apoiou os pés sobre a mesinha de madeira no centro da sala.
A camisa se levantou revelando a pele do abdômen, ele sorriu travesso e a estudou.

"Tirano, filho da mãe..."

- Não se preocupe, vamos nos divertir!
"Abalada!"

Estava irritada, estava tão irritada, porque maldição a vida insistia em deixa-los nos mesmos espaços?

Até na droga do feriado?
Todo mundo tinha direito de relaxar no feriado.
Porque logo ela iria ter que se vigiar?
"Vírus desgraçado! "

Foi para o quarto e Ceren a seguiu.

- Me jura que não sabia que esse meliante estaria aqui?

- Meli o que? - Eda passou por ela - esquece, eu juro!

- Porque ele está aqui? -  cruzou os braços fazendo um biquinho. - dois dias Ceren, dois malditos dias longe dele, eu só queria relaxar e beber um bom vinho.

- Você não ficou nem um pouquinho feliz em ver ele aqui?

- Não! - Ceren apertou os olhos nela.

- Não? - sorriu

- Não me olhe assim, escuta o que eu estou te dizendo, você viu o sorriso sínico dele? Aquele homem é um enviado do mal... - abriu a mala sobre a cama retirando algumas peças de roupa. - ele veio para me atazanar.

A risada de Ceren ecoou pelo quarto, ela se sentou na cama e estudou a amiga.

- Eda já pensou na outra possibilidade?

- Qual? - estendeu uma blusa para ela e ela negou com a cabeça.

- Ele pode ter vindo por você!

Eda parou por um instante, olhou no fundo dos olhos verdes de Ceren, se aproximou dela olho no olho.

- Você está louca! - então se afastou.

- Só estou dizendo!

- Pois então não diga!

Mais tarde, depois de um banho quente e de chegar a incrível e esclarecedora conclusão de que se ele estava ali com o propósito de atazanar o juízo dela então ela também poderia.
Não estavam no escritório, ele não era seu chefe!
Poderia matar ele se quisesse.
Poderia sim!

Com uma distância segura, ficaria bem. Seria forte aguentaria ele por algumas horas e sobreviveria.

  Ele alimentou a lareira, o olhar desconfiado dela o acompanhou, Engin trouxe vinho e colocou sobre a mesa.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora