Eda... o que? (parte 1)

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Batidas fortes na porta o tiraram de seu sono, encarou o relógio, 01:20 da manhã.

- Que? - pensou estar sonhando, mas logo outra sequência de batidas fortes começaram na porta de seu apartamento. Levantou preocupado, quem estaria ali uma hora dessas?
Talvez Engin, ou seu pai.

Não conseguiu pensar em mais ninguém que pudesse estar batendo em sua porta a uma da manhã.

- Já vou! - rodou a chave e se surpreendeu com a imagem.

Eda estava parada, uma mão firmemente apoiada no ombro de um homem, seu cabelo estava levemente bagunçado, seu vestido sugeria que ela esteve se divertindo em algum lugar, mas foram os olhos confusos que a entregou.
Olhos de quem andou bebendo.
Muito!

- Eda? O que faz aqui? - ela sorriu e caminhou pra ele.

- Viu eu disse que ele estava acordado! - A voz arrastada dela atingiu os ouvidos dele enquanto ela se apoiava contra seu corpo. - Vai me deixar entrar, não vai ?
Ela não esperou a resposta, cabaleou pela sala e se atirou no sofá.

- Não dê dinheiro a esse homem ele me roubou! - gritou do sofá, Serkan encarou o homem a sua frente.

- Eu juro que não a roubei, ela não faz ideia de onde deixou a bolsa, e me disse que o senhor pagaria.

Ele fez sinal para que o homem esperasse, buscou a carteira e voltou.
- Quanto eu te devo? - o homem pareceu constrangido - pode falar.

- Duzentos... - Serkan pegou algumas notas e entregou para ele.

- Ele é rico, eu te disse. - ela gritou saltando atrás dele. O homem agradeceu e desapareceu no elevador, Serkan se voltou para a imagem de sua assistente dançando no silêncio de sua sala.

- Eda, você está bem?

- Sua casa é tão cinza, isso me deprime! - ele a guiou de volta para o sofá e se sentou ao seu lado.

- Certo, o que eu faço com você agora ? Quer que eu ligue para alguém?

- Não! - ela gritou - eu vim te ver, por que você é um babaca, todos os homens são! - empurrou o dedo contra o peito dele e riu.

- Tá bom, você bebeu um pouco demais, eu vou ligar para Ceren...

- Não vai! - ela bateu no ombro dele com força. - você é um covarde Serkan Bolat! - ele suspirou - a gente fez sexo, e foi bom, mas você é um covarde ! - ela sussurrou tão baixo que ele não soube dizer se frase era para ele ou apenas para ela. Então ela se levantou e se sentou no tapete.

- Eda, já conversamos sobre isso! - ela riu dele e se deitou.

- Porque vocês fazem isso? Olha eu estava bem, mas aí vocês vêm e acabam com tudo... - ela estava chorando ?

- Ele me mandou uma mensagem hoje, aquele imbecil! - não, não estava, alarme falso - depois de tudo que ele fez, me procura como se não tivesse partido meu coração.

De quem ela estava falando?
Ela se levantou e se sentou sobre as pernas, como uma menina pequena.
Buscou o rosto dele e então...ela estava rindo?

- Você é tão bonito! - Jogou a cabeça para o lado. - é muito mais bonito que ele.

- Obrigado... Mas de quem estamos falando ?

- Deveríamos matar ele, você vai me ajudar! - apontou o dedo para ele. - eu só preciso ligar para Fifi - fez uma pausa procurando algo. - Ela tem uma arma, onde é que tá meu celular? O taxista roubou !

Ele puxou o celular que ela havia deixado no sofá, escondendo atrás dele.

- Espera... Você disse que Fifi tem uma arma? - ela piscou para ele.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora