Serkan... O que? (parte 1)

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Ajeitou o nó da gravata preta em frente ao espelho e estudou o reflexo dela atrás de si, colocará um vestido azul que se detinha no alto de suas coxas, os cabelos estavam presos no alto da cabeça e alguns fios soltos lhe roçavam a pele, Eda colocava um par de brincos quando olhou para ele.

- O que tanto olha? – Se aproximou dele por trás sorrindo com os lábios pintados levemente de um tom avermelhado.

- Você! – virou-se para estudar o rosto dela, os olhos estavam marcados e as bochechas levemente ruborizadas. – Acho que deveríamos desistir e ficar bem aqui.

- Por que você está sempre querendo me manter entre quatro paredes?

- Não é obvio? – ela atravessou o quarto e se sentou na cama para colocar as sandálias. Ele se ajoelhou diante dela tomou as sandálias e iniciou o processo de calça-la.

Ela riu quando ele tocou a pele por cima de sua tornozeleira.

Um toque leve e sensual.

Ele estava brincando com ela.

Limpou a garganta e chamou a atenção dele pra seu rosto.

- Acho que deveria tirar a gravata.

- Por que? – Questionou tocando o tecido.

- Está formal demais!

- Eu gosto!

- Mas deveria relaxar um pouco. – Ela se levantou com ajuda, e então ficou diante dele.

Tomou o tecido entre as mãos desfazendo o nó.

- Não acho que seja uma boa ideia.

- É só uma gravata Serkan! – ele balançou a cabeça em negativa.

- Não isso!

- O que então?

- Não deveríamos ir. – Eda revirou os olhos. – Ele pode sentir nossa falta.

- Serkan, ele vai ficar bem! – disse com um sorriso nos lábios – Além do mais a Fifi vai cuidar bem dele.

- Fifi? A mesma que me ameaçou de morte e que você disse que tem uma arma?

Eda o fitou.

- Sim, isso deveria tranquiliza-lo não?

- Ele é muito pequeno Eda, está em processo de adaptação não é bom ficar de um ambiente a outro assim.

- Dois dias e olha só para você!

- O que?

- Está apegado!

- Eu não estou apegado, eu só...

Ela ergueu as sobrancelhas.

- Só está apegado – soltou a gravata, ele fez uma careta. – Eu não te julgo ele é a coisa mais fofa do mundo.

- Então concorda que não devemos ir e deixa-lo sozinho?

- Não! Olha, Fifi vai ser uma ótima babá, não se preocupe com isso.

- Disse a ela para não dar nada com corante a ele?

Eda suspirou.

- Eu acho que ela ouviu todas as sete vezes que você falou.

- Acho que deveríamos ter deixado uma peça de roupa. – Ela se virou para ele com a expressão confusa. – Para ele não se sentir abandonado.

- Ele não foi abandonado – atravessou o quarto em direção a sala – está sendo muito bem cuidado, e vamos ficar fora por pouco tempo.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora