Ajeitou o nó da gravata preta em frente ao espelho e estudou o reflexo dela atrás de si, colocará um vestido azul que se detinha no alto de suas coxas, os cabelos estavam presos no alto da cabeça e alguns fios soltos lhe roçavam a pele, Eda colocava um par de brincos quando olhou para ele.- O que tanto olha? – Se aproximou dele por trás sorrindo com os lábios pintados levemente de um tom avermelhado.
- Você! – virou-se para estudar o rosto dela, os olhos estavam marcados e as bochechas levemente ruborizadas. – Acho que deveríamos desistir e ficar bem aqui.
- Por que você está sempre querendo me manter entre quatro paredes?
- Não é obvio? – ela atravessou o quarto e se sentou na cama para colocar as sandálias. Ele se ajoelhou diante dela tomou as sandálias e iniciou o processo de calça-la.
Ela riu quando ele tocou a pele por cima de sua tornozeleira.
Um toque leve e sensual.
Ele estava brincando com ela.
Limpou a garganta e chamou a atenção dele pra seu rosto.
- Acho que deveria tirar a gravata.
- Por que? – Questionou tocando o tecido.
- Está formal demais!
- Eu gosto!
- Mas deveria relaxar um pouco. – Ela se levantou com ajuda, e então ficou diante dele.
Tomou o tecido entre as mãos desfazendo o nó.
- Não acho que seja uma boa ideia.
- É só uma gravata Serkan! – ele balançou a cabeça em negativa.
- Não isso!
- O que então?
- Não deveríamos ir. – Eda revirou os olhos. – Ele pode sentir nossa falta.
- Serkan, ele vai ficar bem! – disse com um sorriso nos lábios – Além do mais a Fifi vai cuidar bem dele.
- Fifi? A mesma que me ameaçou de morte e que você disse que tem uma arma?
Eda o fitou.
- Sim, isso deveria tranquiliza-lo não?
- Ele é muito pequeno Eda, está em processo de adaptação não é bom ficar de um ambiente a outro assim.
- Dois dias e olha só para você!
- O que?
- Está apegado!
- Eu não estou apegado, eu só...
Ela ergueu as sobrancelhas.
- Só está apegado – soltou a gravata, ele fez uma careta. – Eu não te julgo ele é a coisa mais fofa do mundo.
- Então concorda que não devemos ir e deixa-lo sozinho?
- Não! Olha, Fifi vai ser uma ótima babá, não se preocupe com isso.
- Disse a ela para não dar nada com corante a ele?
Eda suspirou.
- Eu acho que ela ouviu todas as sete vezes que você falou.
- Acho que deveríamos ter deixado uma peça de roupa. – Ela se virou para ele com a expressão confusa. – Para ele não se sentir abandonado.
- Ele não foi abandonado – atravessou o quarto em direção a sala – está sendo muito bem cuidado, e vamos ficar fora por pouco tempo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Acaso perene |✅| [Em revisão]
FanficEda Yldiz tem 26 anos, três boas amigas e um histórico trabalhista desastroso. Depois de diversas tentativas frustradas em empregos mal pagos, e da sua última experiência como garçonete ela resolve que é hora de mudar. Precisa de um emprego que aj...