Orgulho e... Desejo (parte 3)

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Os traços suaves marcaram o papel sob as mãos dela, as linhas se cruzavam e se entrelaçavam umas nas outras.
Correu a ponta do dedo sobre a linha curva acompanhando a paisagem que começava a se formar.

A porta de sua caixa de vidro se abriu, Serkan se deteve a porta, ela não olhou para cima, então ele caminhou até ela, estudou o espaço, ela continuou ignorando a presença dele.

Então, ele puxou o papel e ela foi obrigada a encara-lo.

- Não sabia que desenhava! - ele analisou o papel contra a luz.

- Tem um monte de coisas que não sabe. - ela estendeu a mão e puxou a folha novamente, então abriu a gaveta e juntou aquele aos outros perdidos lá dentro.

Ele continuou parado estudando a mesa dela.
Ela concentrou sua atenção no computador.

- Algo importante para hoje? - passou os dedos pelas canetas dentro do pote, ela o encarou e o  puxou para perto dela.

Fechou a expressão em seu rosto. - O senhor tem uma reunião com Efe Akman às 10 horas.

- Senhor! - sussurrou.

- Desculpe, disse alguma coisa ? - ele balançou a cabeça. - eu deixei seus recados anotados, estão em sua mesa, as cópias estão prontas para serem assinadas e Engin disse para encontrá-lo no Tribunal às 13 horas.

Ele voltou a sacudir a cabeça.

- Certo! - silencioso como tinha entrado se virou e saiu.

O que se passava na cabeça dele afinal?
Busca por ela e logo a afasta, então retornar como se nada tivesse acontecido, como se não tivessem  estado juntos horas antes.

O que passava na cabeça dela afinal?
Continuava interessada nele, em entender os motivos de suas ações.
Não deveria, ele a irritava.
Deveria torrura-lo.

Às 10 horas Leyla interfonou.
Efe Akman estava na recepção, Eda o recepcionou juntamente ao advogado de sua empresa.

Era um homem nitidamente atraente, do tipo que a faria suspirar não fosse o fato de sua mente estar povoada demais com tonalidades de cabelos acobreados e ternos bem alinhados.

Efe Akman se vestia casualmente, cabelos preto bem alinhados, barba cerrada e olhos escuros.
Os guiou até o escritório onde Serkan os recepcionou.

Apertos de mãos e conversas rápidas.
O homem se sentou frente a Serkan indicando que estava pronto para dar início a reunião.

O advogado dele lhe entregou alguns documentos, o olhar de Serkan passeou rapidamente pelas folhas e ela conseguiu ver ele sorrir por trás delas.
Eles negociaram termos de um acordo indenizatório.
E ele estava confiante!

- Posso oferecer algo?

- A sua secretária é muito atenciosa. - Sorriu para Eda. - eu vou aceitar um café.

- Eficiente, e é assistente! - ele disse com a voz grossa.
Surpresa!

Ela deixou a sala sob o olhar minucioso do homem, ouviu Serkan limpar a garganta chamando lhe a atenção.

Ela pediu que Leyla que trouxesse café, e observou a reunião se desenrolar de sua sala, ora ou outra seu olhar encontrava o dele caótica ela se virava rápido demais, derrubou seu porta canetas, bateu as mãos sobre o teclado, seus joelhos se chocaram contra a mesa.

Cada vez que ele a olhava, seu corpo tremia e um calor subia por ele.
Era irritante!

Ao final da reunião o homem passou por sua sala acenando para ela com a cabeça, ela devolveu o cumprimento e encontrou o olhar duro de Serkan quando se virou novamente.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora