Um presente para você (parte 1)

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Eda caminhava de um lado a outro na sala dele, tirava e em seguida recolocava os livros na prateleira, então se sentava diante dele, remexia em suas coisas, balançava o seu porta canetas, debruçava-se sobre ele e voltava a se levantar.

- Eda! – estava tentando se concentrar no contrato a sua frente a mais de uma hora. – Pode parar por favor?

- Não! – cruzou os braços diante dele. – Você deveria ter me dito, não se esconde algo assim Serkan!

- Não é importante Eda! – se aproximou de sua mesa, a expressão abismada em seu rosto.

- Como diabos? É seu aniversário Serkan! – voltou a caminhar – Seu aniversário e estamos aqui, porque você não me disse?

- Eda, é só mais um dia como outro qualquer.

- Não diga isso! – se aproximou dele. – o dia em que nasceu é importante!

- Certo! – se levantou indo até ela – O que quer fazer?

- Bom, se não tivesse escondido de mim... Eu poderia ter te organizado uma festa!

- Eu não escondi Eda, eu só não te contei.

- Não é a mesma coisa?

- Acho que não e eu não gosto de festas.

- Você não gosta de nada Serkan...

Isso não era verdade, ele gostava dela!

Mas por que ela estava tão brava com o fato dele não ter dito nada sobre ser seu aniversário?
Não é algo que as pessoas saem por aí dizendo, né?

A verdade era que não via nada de mais nisso, era só mais um dia como todos os outros trezentos e sessenta e quatro do ano, se tivesse a sorte de não ser um ano bissexto.

Eda caminhou até sua mesa, remexeu em seu blazer muito bem posicionado sobre as costas de sua cadeira e removeu seu celular.

- O que está fazendo?

- Aceitando o convite de Engin e Ceren para jantar.

- Por que?

- Porque é seu aniversário, e se eles nos convidaram é porque prepararam algo especial e como não tenho nada planejado...

- Eda! Estamos em plena quinta feira, eu tenho um monte de trabalho para fazer, não tem a mínima possibilidade de eu sair daqui antes das 20 horas só porque é meu aniversário.

- E por que Engin e Ceren conseguem?

- Provavelmente porque eles não estão tendo nenhuma distração.

- Está dizendo que eu distraio você? – Apertou seus olhos nele – porque se você tivesse me dito eu provavelmente não estaria aqui me sentindo uma péssima namor...

A palavra morreu em seus lábios, seus olhos se desviaram para o celular em suas mãos.

- Termine a frase Eda... – um leve sorriso surgiu nos lábios dele, ela colocou o celular entre suas mãos e o encarou.

- Por que está sorrindo?

- Você estava dizendo algo – pois o celular sobre a mesa- mas não terminou, não gosto quando não terminam as frases.

- Eu ia dizer... – fitou os olhos verdes – que não estaria me sentindo uma péssima – deu um passo para ele. – Assistente!

Deixou a cabeça cair e encarou seus sapatos.

- Certo! Desculpe por fazer você se sentir mal. Minha culpa! – deu a volta em sua mesa se sentando. – Mas agora eu preciso mesmo trabalhar.

- Okay! Mas nós vamos jantar com eles hoje!

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora