Sou grato/a por... (parte 3)

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Serkan abriu os olhos, escutou barulhos na cozinha, tentou se levantar, mas um peso enroscado contra o seu corpo o impediu.
Imagens da noite passada vieram a mente.
Passou as mãos pelas costas dela, demorou um pouco olhando seu rosto, parecia feliz em seu sono.

Ceren entrou na sala, com uma touca engraçada na cabeça e usando roupas masculinas grandes.
Sorridente olhou para ele com uma xícara de café nas mãos.

- Por fim acordou.- Eda se remexeu contra ele - achei que fosse ter que jogar água em vocês.

- Uhmm - ela mumurou - silêncio...
Pediu baixinho.

Ceren caminhou até eles, se inclinou e soprou o rosto da amiga.
Eda se agitou, abriu os olhos e a encarou sonolenta.

- Eu juro que eu te odeio!

- Está tarde, precisamos preparar a comida!
Por fim se deu conta de onde estava, agarrada a um corpo forte e quente.
Protestou por um segundo contra a necessidade de se levantar.
Estudou o rosto dele parado olhando para ela.
"Que droga!"
Ele era tão bonito.
Ele era tão bonito pela manhã.

A ira voltou, ela saberia disso se ele não tivesse fugido dela.
"Enviado do mal desgraçado!"

Empurrou o cobertor e saltou para fora do sofá.
Ele permaneceu onde estava.
Ceren prendeu um sorriso nos lábios.

- Nem uma palavra! - disse passando por ela em direção ao quarto.

Precisou de um tempo no chuveiro, a água quente levando toda sua indignação com sigo mesma.
Tinha contado algo a ele.
Tinha deitado ao lado dele.
Tinha dormido com ele.
Pelo menos dessa vez ela tinha dormido mesmo.

Se sentiu um pouco melhor.

Voltou para a cozinha, ele estava com os cabelos úmidos, e usava roupas diferentes.
Daria qualquer coisa para sentir o cheiro dele pós banho.
" Não mesmo!"
Balançou a cabeça.

- Tudo bem Eda? - Ceren lhe entregou um avental.

- Perfeitamente em ordem!

- Engin? Tem um peru aqui dentro. - Serkan se virou para o homem parada junto a pia com cebolas nas mãos.

- Nós não sabemos como preparar. - Ceren sorriu para Engin.

- Isso vai levar um tempão no forno.

- Você sabe como assar um peru?

- Eu sei um monte de coisas Eda! - ela revirou os olhos. Ele sorriu.

- Muito bem, quem vai cortar esses legumes?
Engin perguntou.

- ahah, Eu não vou cortar cebolas nem morta. - Ceren saltou do banco e pegou uma tigela.- Eu faço a sobremesa.

- Despejar sorvete num copo não é fazer amiga...
Com uma careta atravessou a cozinha para o freezer. - Eu corto, adoro cortar coisas.
Eda levantou a faca sorridente.

- Talvez você devesse fazer outra coisa, - baixou a mão dela sobre a bancada. - seu histórico de coordenação motora não é dos melhores.

- Calado! - ela apontou a faca para ele, ele ergueu as mãos rendido.

Começaram a preparar a ave para ser levada ao forno.
Ceren estava cuidando da salada e Engin amassava algumas batatas.
Eda se ocupou de cortar os legumes, Serkan parou ao seu lado, encarando a tábua fez uma careta.

- O que foi?

- Não estão simétricos.

- São legumes, não precisam ser.
Ela bateu a faca sobre a tábua.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora