Serkan... O que (parte 3)

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Cinco dias.
Cinco longos dias.
Cinco longos e malditos dias brigada com Serkan Bolat.

Motivo?
A idiotice dele.
Ou a dela!

Ela não iria pedir desculpas.
Provavelmente ele também não.
O que acontece quando dois cabeças duras se esbarram?

Pois é, eles tinham um impasse e já que seu orgulho não a faria se desculpar e obviamente o dele também não, tinham terminado.

Era isso, uma briga burra e sem sentido (os ciúmes dele) tinham colocado fim ao relacionamento.
O relacionamento mais rápido da história talvez.
Um relacionamento que nem tinha nome ainda.
"Francamente Eda, quem precisa dele?"

"EU NÃO PRECISO!"

Mas sentia tanta saudade do filhote, aquele tirano desgraçado não tinha nem ao menos dado um nome a ele, será que já estava planejando se livrar do pobrezinho? Chamando ele de cachorro pela casa, ela apostava que sim.

Porque ele era assim, poderia queimar sobre você em um dia e no outro, como hoje, congelar cada músculo seu apenas com um olhar.

- Porque estamos almoçando aqui? - Leyla olhou ao redor.

- Porque aqui eu consigo terminar uma refeição sem ser interrompida a cada garfada!

- Seu chefe não pensa em te procurar no almoxarifado? - Ceren pisou os olhos maldosos.

- O senhor Serkan nem deve saber onde fica o almoxarifado. - Leyla disse baixinho.

- Não precisa sussurrar... E também não precisa chamá-lo de senhor, aquele tirano não pode te escutar daqui.

- Semana difícil? - Ceren espetou os palitos na caixa.

- Ah, ele não fala comigo... - remexeu a caixa. - ele grita e me fuzila com os olhos.

- Ainda brigados?

- Vocês brigaram? - Leyla levou o palito com macarrão a boca.
Eda olhou Ceren por cima da caixa.

- É... É difícil trabalhar pra ele.

- Ah então é sobre trabalho? Achei que fosse pessoal.

- Pessoal? - Ceren sorriu para ela.

- Não precisam ficar preocupadas, eu sou discreta.

Eda engoliu a comida e a estudou. - sobre o que estamos falando? Exatamente?

- Eda! - ajeitou os óculos com os dedos. - eu sou a secretária eu vejo tudo e é óbvio que você e o senhor Serkan tem uma relação que traspõe o  trabalho.
Eda se engasgou.

- Todo mundo percebeu isso? - Ceren chegou mais perto.

- Claro que não! Eles brigam tanto que até eu demorei um pouquinho para ligar os pontos, é óbvio que vocês se atraem, mas viviam se repelindo por aí.

- Leyla!

- Tudo bem, eu entendi que tinham atravessado a linha quando vi vocês na cafeteria.
Eda tossiu.

- Que ? Cafeteria? - Ceren segurou o queixo entre as mãos curiosa. - Por que você nunca me conta essas coisas?

- Por que os detalhes não importam.

- Os detalhes são a melhor parte!

- Leyla precisamos almoçar mais vezes.

Eda voltou a sua sala, sentiu a cabeça latejar procurou por ele disfarçadamente enquanto se sentava.
Ele não estava.
Mas havia deixado algo para ela.
Um maldito post it sobre uma pasta.
"Cópias"
Muito maduro de sua parte Serkan Bolat.

Acaso perene |✅| [Em revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora