Capítulo 3 - Tiro ao alvo | ATUALIZADO

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Notas: Ouçam uma musica romantica para ajudar a entrar no clima rs.

Capítulo 3

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Capítulo 3

— SAI DA FRENTE, ROGERS! - descansei a mão na buzina enquanto o loiro movimentava os lábios, mas o volume do barulho não me permitia ouvir o que ele respondia do lado de fora do veiculo — EU VOU PASSAR POR CIMA! — gritei, mesmo sabendo que ele não me escutaria, e pisei lentamente no acelerador apenas para ameaça-lo, jamais o machucaria.

Mas ele não sabia disso, e jogou brevemente o corpo para trás, voltando sorrindo quando se deu conta de que eu não o atropelaria realmente.

"Me deixa falar com você" foi o que consegui ler em seus lábios.

Pensei por alguns segundos se realmente deveria fazer isso. Contudo, melhor que jogar o carro do meu pai em uma árvore seria colocar o Steve Rogers sozinho, comigo, no carro dele. O bem material seria facil repor, mas o ego do senhor stark depois de ferido seria muito mais difícil de recuperar.

Destravei as portas e entendendo perfeitamente o recado Steve deu a volta e se sentou ao meu lado no banco carona. O homem era tão grande que quase não cabia no teto baixo da lamborghini.

- Não quero conversar! - falei assim que Steve fez menção em dizer algo.

- Então só me deixa te fazer companhia?! - me encarava com ternura, a voz saia quase como um sussurro e seus olhos eram tão serenos que eu nunca seria capaz de lhe dizer não.

Assenti, dando a partida no carro. E sem olha-lo eu peguei estrada, ouvindo apenas o som da sua confortável respiração. Eu queria continuar brava, e eu ainda estava, mas não mais irritada, a presença dele me mantinha tranquila. Sua paz interior apaziguava o meu caos. Eu não sabia explicar o porque me sentia assim em sua presença, só sabia que sentia e gostava.

A ideia inicial de pegar estrada em alta velocidade já tinha ido completamente embora, eu não tinha mais nenhuma raiva que precisava descontar, ao invés disso eu tinha uma decepção e uma magoa que não cabia em meu peito.

Steve percebeu o meu choro, mas era cavalheiro demais para falar algo sem que eu tivesse lhe dado liberdade. Ele apenas fingia não saber e evitava qualquer tipo de contato visual, dando a privacidade que eu precisava.

Eu não estava chorando pelo que meu pai tinha falado, ele tinha razão...foi idiotice. Mas por ter me dado conta de que o homem que eu sempre tomei  como inspiração para tudo em minha vida me achava uma tola. Não me achava suficiente para pertencer a sua equipe. Eu nunca estaria a altura de Tony Stark.

- Me deixa dirigir um pouco? - pediu com carinho, notando o meu mal estar. Sequei um pouco as lagrimas com a manga da minha inseparável jaqueta marrom e concordei, parando o carro no acostamento.

Tirei o meu cinto, mas antes que pudesse abrir a porta fui interrompida pelas mãos frias de Steve em meu rosto quente. A troca de temperatura me fez estremecer. Steve secou o rastro das lágrimas em minha bochecha com a ponta dos dedos, delicado o suficiente para que parecesse um carinho. Suas sobrancelhas estavam semicerradas, como se cada suspiro que eu tivesse dado durante a viagem também tivesse doido nele.

Mary Stark - Nova Vingadora (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora