Capítulo 15 - Vulnerabilidade | ATUALIZADO

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Passei a noite na sacana do meu quarto esperando o momento que Steve cruzaria a porta de entrada da torre

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Passei a noite na sacana do meu quarto esperando o momento que Steve cruzaria a porta de entrada da torre.

Passaram-se os segundos, os minutos, as horas, o ponteiro que corria lentamente como se um minuto equivalence a uma hora.

Ele nunca voltava.

Olhei para tela do celular esperançosa. Queria uma mensagem, apenas uma, que dissesse estar tudo bem. Esperava ansiosa para estar ao seu lado novamente. Passei o dia esperando seu retorno para que pudéssemos conversar. Gostava de sua presença, me sentia bem em sua companhia, me sentia diferente com seus toques... eram boas sensações das quais nunca havia experimentado antes. Não queria perde-lo por não saber lidar com esse misto de sentimentos.

Da última vez que nos vimos ele tinha saído chateado, não sabia se pelo Thor ou pelo meu pai. Mas como eu poderia arriscar qualquer um dos dois por ele? Nesse exato momento ambos estavam aqui, e onde Steve estava?

Não queria cobra-lo, nem poderia, não tinha esse direito. Mas já era noite, estava preocupada, o coração se apertava e cada batida saltava do peito toda vez que o farol de um carro passava pela rua cegando minha vista. Esperava que qualquer um fosse ele, mas nenhum era. Queria uma demonstração de consideração para que tivesse certeza que poderia mergulhar de cabeça, seu silêncio só demonstrava que eu era apenas mais uma. A foto da Margareth em seu bolso também deixava isso as claras. Eu estava começando a me apaixonar sozinha e isso me fazia querer recuar.

"Onde você ta?" Digitei a mensagem, observei por alguns instantes e então apaguei

"Oi, ta tudo bem?" Reescrevi ja que anterior parecia intrusiva demais

Observei-a com o dedo pairando sobre "enviar", respirei fundo, tomei coragem... e apaguei.

Por fim desisti e resolvi me ajeitar para deitar, não perderia uma noite de descanso por alguém que estava sabe lá deus fazendo o que. E seja o que fosse, não era da minha conta.

Tomei um banho quente e vesti meu baby-doll de seda pura. Modéstia parte, gostava de certos luxos, o dinheiro tava ai para ser gasto.

Passei um hidratante de baunilha no corpo, meu preferido. Prendi o cabelo em um coque que as pessoas chamam de mal feito mas levavam horas para conseguir aquele penteado.

Iria dormir gata para mim mesma, aquele bobão não sabia o que tava perdendo.

Mas estava sem sono, mesmo que involuntário não conseguia parar de pensar naquele par de balebas azuis.

(...)

Desci até a adega, que ficava a três andares abaixo, iria tomar um bom vinho e ia ser dos melhores.

Passei a mão entre as dezenas de garrafas e escolhi um tinto suave das melhores safras, queria algo doce, quente e forte. Abri ali mesmo e coloquei em uma taça de cristal. Senti o aroma adocicado de suas uvas antes de deixar que o líquido tocasse meus lábios.

Mary Stark - Nova Vingadora (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora