Capítulo 16 - Steve Rogers | ATUALIZADO

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STEVE ROGERS
(Dia do acidente do Thor)

Carreguei Thor até o sofá, o deus estava alucinando, suava frio enquanto tremia e sua ferida parecia impressionantemente ficar cada vez mais feia.

Mary secava seu rosto com uma toalha. Ela estava preocupada e se controlava para não chorar. Eles eram bem próximos e em alguns momentos essa proximidade me incomodava. Não importava quantas vezes ela dissesse que eram só amigos eu sentia a tensão entre eles em alguns momentos, principalmente vindo da parte do deus. Conhecia bem os sinais típico, também era homem, tinha certeza de não estar enganado.

Mary era uma mulher bonita, sua beleza era incontestável. Tirando a personalidade ela não possuía absolutamente nenhuma semelhança com Tony, com exceção da cor dos olhos e do cabelo. A sua mãe deveria ser tão linda quanto ela. O que mais me chamava atenção era sua boca as curvas de seu cabelo, seu olhar tão forte e inocente ao mesmo tempo, e absolutamente tudo o que existia nela.

Doce e gentil a maior parte do tempo, mas também extrovertida e debochada como Tony. Um misto que te enlouquece. E a desgraçada ainda era um gênio.

Sabia que Thor conseguia perceber exatamente como eu tudo que aquela mulher possuía e representava. E aquilo me incomodava muita das vezes, principalmente quando eles se tocavam demais ou quando ficavam tão juntos que mais nada parecia importar.

Mas não hoje, hoje a proximidade deles se fazia necessária. Não importava o quanto me incomodasse, eles eram importantes um para o outro e se era importante para Mary então também seria para mim.

(...)

Depois de saber por Natasha que ela o Tony o levaram para o hospital, decidi me arriscar indo até lá. E estava sentado na cafeteria do hospital, aguardando Thor ser atendido por um médico, o celular apitou em meu bolso.

"Sharon" anunciava a ligação na tela ainda bloqueada

Achei por bem não atender, não nos falavamos a um tempo, nunca fomos amigos, não nutria nenhum tipo de afeição em relação a ela exceto o sentimento de nostalgia que me despertava em relação a Peggy.

Não fazia ideia do porquê ela estava ligando, mas não atenderia, pela Mary. E a cobraria mais tarde sobre ter visto Thor sair de seu quarto pela manhã, não daria motivos dessa vez para que ela reclamasse de mim.

Sabia que não havia rolado nada, Mary estava vulnerável depois do nosso momento na academia. Devia ter buscado por um ombro amigo, mas queria ser esse ombro, não que ela tivesse sempre recorrendo a outra pessoa e nunca viesse a mim.

Mas não rolar nada não significava que eu me sentia menos desconfortável com essa situação. Passar a noite trancada no quarto com um cara, principalmente com as características do Thor, me incomodava. Até porque nao fazia ideia do tipo de relação que eles tinham, o quão próximo eles eram. A principio imaginava que ela não retribuía a forma como ele a enxergava, mas depois de ve-lo completamente sujo de seu batom conclui que ela já havia o visto sim com outros olhos e bastava um simples momento a sós para que isso voltasse a acontecer. Me sentia desrespeitado, sendo feito de otario. Mas não tinha o direito de reclamar muito, nunca havia estabelecido nenhum tipo de exclusividade entre nós.

"Steve? Pode me retornar? É sobre a Margareth" uma mensagem de texto apitou em meu celular. Meu coração se apertou.

" Estou no hospital agora. Posso te encontrar mais tarde?"

Mary Stark - Nova Vingadora (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora