Capítulo 27 - Uma cena inacreditavel

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MARY STARK

Quando elevador se abriu a primeira pessoa que eu vi foi o meu pai.

Ele estava de costas, o telefone no ouvido, os óculos amarelos em seu rosto. Ele andava para um lado e para o outro incontáveis e repetidas vezes.

- Mary! - Pepper correu assim que me viu, largando um copo d'água sobre o móvel

Com seu grito meu pai se virou, o celular caiu de suas mãos. Seus ombros relaxaram quando seus olhos encontraram os meus.

- Meu deus eu pensei que estivesse morta! - seus braços me tomaram em um abraço caloroso- Encontramos o carro destruído e... TONY!

De repente como se tudo tivesse em câmera lenta, me virei tempo suficiente de ver meu pai acertar um soco no rosto de Steve, que cambaleou para trás com o golpe inesperado

Uma cena inacreditável, meus ouvidos chegaram a emitir zumbidos insuportáveis, como se o soco tivesse sido em mim. Em um minuto ele estava parado me olhando e no momento seguinte ele voava sobre Steve.

Steve levou as mãos a boca que havia se cortado imediatamente com o choque.

- MINHA FILHA?? - agarrou em sua camisa, o empurrando contra a porta fechada do elevador.

Minhas pernas falharam, me fazendo cair de joelhos no tapete. Senti as mãos de Pepper tentarem me alcançar sem sucesso.

- Tony não faz isso. - os olhos de Steve alcançaram os meus de soslaio - Eu não quero te machucar.

- Eu te coloquei dentro da minha casa, você dormiu debaixo do meu teto, comeu da minha comida e na primeira oportunidade que teve... eu não consigo nem dizer tamanho nojo que estou sentindo. - meu pai falava praticamente cuspindo sua raiva no rosto de Steve. - Enquanto você estava se enrolando com a Carter eu estava nascendo, Steve. NASCENDO! A Mary é uma criança perto de você...

- Você sabe que não é assim que funciona, Tony - respondeu com calma

- Eu não te matei por causa do Bucky mas eu não vou ter nenhum remorso em te matar agora. - apertou sua camisa

Pepper me abraçava no chão e nesse momento ambas chorávamos juntas. Eu havia vindo para casa buscar amparo e fui recebida a gritos e ponta pés.

- PARA! - gritei levando as mãos aos ouvidos tentando conter os zumbidos mas eles não pareciam me ouvir.

- Tony, por favor, vamos conversar...

- Eu não tenho nada pra conversar, Rogers! - meu pai soltou sua camisa - O que eu vi já foi suficiente.

Minhas lagrimas travaram no meio do caminho quando a ultima palavra saiu de sua boca. Um frio me percorreu por toda a espinha. Os tremores haviam voltado.

O que ele queria dizer com "o que eu vi"?

- Você é minha maior decepção. - falou caminhando em minha direção. Um buraco imediatamente foi aberto em meu peito e ele jamais se fecharia.

Ninguém merece ser rechaçada por amar alguém.

- O seu showzinho... - continuou percebendo que eu estava confusa - ...dentro do carro. Lastimável!

Mary Stark - Nova Vingadora (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora