Delilah sempre achou que fosse apenas uma garota normal, que sonhava em sair de casa, morar em um lugar longe o bastante para ter uma desculpa para não voltar pra casa no Natal.
Alguns dias depois do seu aniversário de treze anos, ela recebe o conv...
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Impressionantemente eu passei em todas as matérias, incluindo poções.
Os últimos dias de aula foram mais calmos, menos tarefas e nenhum trabalho. Geralmente só tínhamos aula no primeiro tempo e o professor nos deixava conversar no restante do segundo.
Andei fugindo do professor de voo, Isaac. Eu via ele me observando de soslaio de vez em quando, e quando percebia sua aproximação, corria para o banheiro ou meu dormitório. Espero que ele tenha se tocado que não quero falar com ele.
Eu ia passar o natal com Ivy e sua mãe. Aparentemente os outros cinco irmãos também estariam presentes.
— Colocou tudo o que você precisa? — Ivy perguntou enquanto checava sua mala e contava se tinha pegado tudo com os dedos.
— Sim, acho... — Cocei minha cabeça encarando minha mochila tentando lembrar se havia pegado tudo.
— Nossa última refeição do ano aqui na escola. — Ivy falou em um suspiro.
— Vamos, vai ter uma surpresinha. — Fiz uma dancinha estranha.
— Ai, não, Delilah! — Ivy franziu a testa. — Os gêmeos também estão envolvidos?
— Talvez... — Sorri e enlacei nossos braços.
Ivy ficou o caminho todo até a nossa mesa, resmungando e falando que deveríamos ser mais responsáveis.
Quando sentei, no meio de Ivy e Nico, maneei a cabeça para a mesa onde o professor Jackson estava sentado.
A princípio, ninguém havia entendido, mas quando viram os sorrisos maliciosos que troquei com os gêmeos, entenderam e viraram a cabeça para o professor.
Ele estava com uma garrafinha de água gostosa e um prato com um cupcake.
Quando o professor levou o cupcake a boca e deu uma mordida, o cupcake explodiu e confetes coloridos voaram. A cara do professor era assustadora.
Abri a boca, fingindo surpresa. — Expressão que treinei por horas na frente do espelho. Tive tempo suficiente para treinar e aprender a esconder minhas emoções. Depois da primeira detenção, aprendi minha lição e nunca mais fui pega.
— Nunca mais aceito um cupcake de vocês. — Astrid diz negando com a cabeça, mas sua face mostrava um sorriso divertido.
— Own, mas eu ia te dar no seu aniversário. — Fiz bico e depois ri.
— Vocês não prestam! — Beyla diz, negando com a cabeça.
— Obrigada. — Os gêmeos falam ao mesmo tempo.
— Nico, você já vai, né? — Crystal que até então estava lendo, fala.
— Sim, tenho que ir antes.— Deu de ombros. Logo o assunto mudou. Nico chama meu nome em um sussurro e segura minha mão por debaixo da mesa.
