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Minha atenção estava cravada nos rastros de sangue a minha frente

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Minha atenção estava cravada nos rastros de sangue a minha frente. Dez linhas de sangue, dedos que tentaram se segurar a algo, mas foram puxados.

Ergui minha cabeça e encarei o rastro que se estendia até o fim do corredor escuro, eu não conseguia ver o que estava lá. Isso me assustava.

Levantei lentamente e com dificuldade, talvez estivesse machucada. Dei passos lentos e hesitantes até onde a trilha de sangue se alastrava.

Quanto mais me aproximava, mais alto ficava um choro. Mas só quando me aproximei totalmente do fim do corredor que o choro estava claro e reconheci Ivy.

Ela estava sentada no chão com o rosto banhado em lágrimas, seus olhos estavam arregalados e tremia. Sua atenção não estava em mim. Sua atenção estava presa na garota suja de sangue que estava de costas para mim e ajoelhava próxima de Ivy.

— Q-q-quem é v-você? — Minha voz saiu totalmente trêmula. — Q-quem é você? — Voltei a questionar.

Aparentemente, chamei a atenção da garota. Ela começou a direcionar sua atenção para mim, virando-se lentamente e quanto mais seu rosto ficava visível, mais minhas pernas tremiam, tremiam tanto que de longe poderiam achar que eu estava convulsionando.

Mas só então quando a garota virou totalmente que o choque tomou conta de mim. Demorei minutos para ter uma reação e gritar alto quando me reconheci ali. Meu rosto e mãos banhados de sangue, sangue de Ivy.

Eu tinha uma feição diabólica. Como se estivesse enfeitiçada. Os dentes do meu clone rangiam furiosamente, suas mãos estavam fechadas em um punho.

Corri e empurrei meu clone diabólico e me aproximo de Ivy, quando tento toca-la, cortes aparecem na sua garganta que transbordava de sangue, logo minha prima se desmanchou em sangue, formando uma poça no chão que molhava meus joelhos.

Quando escutei um rosnado, olhei para o lado, me avistando ali, o meu eu endemoniado estava de quatro, engatinhando lentamente até mim, esperando que eu desse um passo em falso.

Bati a mão na poça de sangue sujando mais ainda o rosto do meu clone, quando ela fechou os olhos me desatei a correr rapidamente.

Não me atrevi a olhar para trás, mas sabia que ela me seguia, eu escutava os seus passos. Lágrimas de desespero desciam do meu rosto.

Eu tropeçava de vez em quando e isso dava chance do meu clone se aproximar.

Soltei um grito quando senti um baque nas minhas costas.

Eu havia me alcançado.

Tudo estava em câmera lenta. Eu caía lentamente no chão escuro, eu não conseguia ver nada.

Me engasguei quando me afundei em um líquido. Eu segurava meu pescoço, meu clone segurava meu pescoço. Assim como Marina.

O líquido onde estava com a cabeça enfiada era muito denso pra ser água.

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