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A escola passava a ideia de que havia sido construída na era vitoriana, era elegante e passava um ar sombrio, aconchegante talvez

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A escola passava a ideia de que havia sido construída na era vitoriana, era elegante e passava um ar sombrio, aconchegante talvez. No meio da frente da escola, tinha o lugar de passagem e bem no centro, uma área verde e uma fonte jorrando água. O castelo era enorme. Extremamente enorme. Suas paredes, não todas, estavam tampadas de trepadeiras e flores.

O lugar estava lotado de outros adolescentes, a partir de trezes anos, julgo eu. A maioria já tinha seu grupinho e conversavam animadamente.

Fiquei tão avoada olhando todos os detalhes do castelo que nem percebi que Beyla se afastou para falar com seus próprios amigos.

Dei um pulo quando senti alguém segurando meu ombro. Virei devagar com as bochechas pegando fogo. Atrás de Beyla tinham duas garotas e um garoto. A mais alta, aparentemente mais velha, tinha cabelos ruivos, ondulados e longos. Ela tinha um olhar feroz e tinha seus braços cruzados, usava um vestido vermelho e tênis all star da mesma cor. A menina ao seu lado, diferente da ruiva, aparentava ser fofa e ingênua, amigável também. Tem cabelos cacheados e os olhos puxadinhos. A pele é alva e tinha um sorriso contido nos lábios. Atrás das meninas, estava o garoto, ele era de um certo modo, parecido com Beylamin. Cabelos rebeldes e cacheados, pele clara, e tinha uma cicatriz na bochecha, quase imperceptível. Não deixei de notar que ele era muito bonito.

— Delilah, esses são Nico. — Apontou para o garoto de expressão séria. — Astrid. — A ruiva que parecia querer me matar. — E Crystal. — A cacheada sorriu o que a fez fechar os olhos. Não pude deixar de notar que ela ficava adorável assim e talvez fosse mais fácil de interagir com ela.

— Prazer. — Sorri. — Queria conhecer lá dentro, vai demorar muito?

— Depende do discurso, Diretora Elizabeth ama falar. — Crystal responde riu e se aproximou me dando um abraço. — Espero que goste da escola.

Astrid, a ruiva, parecia me engolir com os olhos. E assim como seu cabelo e roupas, os olhos e bochechas pareciam vermelhos de raiva.

— Obrigada. — Falei assim que me afastei.

Uma mulher esguia com cabelos grisalhos presos em um coque pomposo foi a frente. E começou a falar em bom som. Não sabia se ela tinha feito algo para conseguir falar tão alto sem esforço, ou se era de sua natureza falar alto assim.

Só sei que parei de ouvir quando ela falou "Bom dia"

Olhei em volta.

Os burburinhos de várias vozes em minha mente falavam ao mesmo tempo me deixando desnorteada, vozes que falavam "não acredito que estou aqui." ou "Espero não ter aula com a Professora G&G"

Havia vários adolescentes. Todos sorrindo, e aquele sorriso me passava algo como "Esse vai ser o melhor ano de sua vida" não pude deixar de sorrir também. Se eu não estivesse com varias pessoas ao meu redor, teria deixado lágrimas de felicidade caírem.

A parte mais negra do escuro|✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora