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Quando recebemos a notícia que iríamos ter a prova do dragão, meses atrás, Ivy estava tranquila, agora, ela estava tensa e sempre a encontrava em algum canto escuro da mansão, escrevendo

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Quando recebemos a notícia que iríamos ter a prova do dragão, meses atrás, Ivy estava tranquila, agora, ela estava tensa e sempre a encontrava em algum canto escuro da mansão, escrevendo. Já acordei no meio da noite escutando fungados de Ivy. Eu sempre ia para sua cama e dormia com ela, mas no dia seguintes ela fingia que aquilo foi apenas um sonho muito real.

Acordamos antes do amanhecer, Ivy tinha olheiras profundas e seus olhos exalavam medo, eu não estava muito diferente.

Calliope havia separados roupas para nós, quentes e resistentes. A blusa preta e de mangas e gola altas me esquentavam, a calça de couro resistente da mesma cor, apertava meu corpo, haviam pochetes presas na minha coxa com suprimentos encolhidos. Na minha coxa direita havia três facas presas. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto e apertado e coloquei luvas de couro nas mãos e por fim calcei coturnos sem salto. Ivy estava com as mesmas roupas.

Quando descemos as escadas Calliope e todos os meus outros tios estavam lá embaixo, uns olhando com confiança e outros com pura pena. Agarrei a mão de Ivy em busca de forças, a mesma entrelaçou nossos dedos.

— Bem, meninas, é isso. — Minha tia estava com olhos marejadas e a fala embargada, claramente queria chorar. — Não esqueçam, primeiro precisam buscar o enigma no monte mais alto... Depois o decifrem. Pode ser qualquer coisa, assim que a tarefa de cumprir, o dragão virá até vocês.

Apenas balançamos a cabeça. Havia duas filas uma de frente para outra, enquanto passávamos, os irmãos desejavam boa sorte. Ellis, o mais velho de todos, nos parou, com o olhar sério e o rosto rígido.

— Adeus.

Não um tchau ou um até logo, um adeus. Uma discreta lembrança de que podíamos morrer.

Ivy e eu nos colocamos em frente uma da outra e demos as mãos. Encaro o ambiente a minha volta antes de fechar os olhos e abaixar a cabeça. Se eu ia morrer, queria lembrar da casa onde morei e algum dia talvez pudesse estar com meu pai lá.

Em um momento estou na mansão de Ivy, rodeada por calor e no outro estou em um lugar frio. Na ilha de Mox.

Quando abro meus olhos, vejo árvores e mais árvores, montanhas e água em volta. Ainda estava escuro na ilha. E frio.

Ivy estava tremendo.

— Ei, vamos conseguir, vai ver. — Sorrio.

— Está com o colar? — Ela olhou para o ponto onde o colar deveria estar.

— Sim. — Tiro o colar que ela me deu de presente, de dentro da blusa.

A parte mais negra do escuro|✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora