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— Finalmente você chegou

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— Finalmente você chegou. — Exclamo assim que Gaby senta na minha frente. — Está atrasada.

— Você que chegou cedo. — Rebate.

Não rebato, tinha um pingo de verdade em sua afirmação. Cheguei alguns minutos antes na cafeteira do gato maluco, tempo suficiente para eu conseguir observar bem todo o local.

A cafeteria tinha dois andares e muitas plantas. Nos corrimãos da escada e nos batentes de ferro se encontravam plantas trepadeiras enormes, que começam no corrimão do segundo andar e suas folhas batiam no chão.

As mesas eram todas decoraras com um tecido verde limão ou verde musgo.

— Como foi seu encontro?

— Primeiro que não foi um encontro, e segundo, foi péssimo. — Descanso meu rosto na palma da minha mão.

— O que houve?

— Meu humor não estava um dos melhores e o menino só queria saber de beija alguém... — Comento.

— Os retraídos são os piores. — Murmurou. —Quer contar o motivo da carranca? — Sorriu amorosamente.

— Vi Nico e Roxanne... Ah! Se eu soubesse que isso aconteceria eu nunca teria torcido para ela nas corridas. — Faço um bico.

— Mas não foi você que dispensou o Nico...?

— Bem... Talvez... sim, mas... Ele já me esqueceu? — Agradeci quando uma fadinha trouxe chá e biscoitos.

— E isso importa? Ele já não é passado?

— Eu acho que me arrependi, sabe? Não tinha motivos para acabar com ele...

— Acho que foi tudo muito rápido... — Comentou. — Em pouco tempo vocês se aproximaram e estavam de beijinho pelos lados, foi tudo muito rápido! Mas não quer dizer que não foi real... Nico parecia gostar muito de você.

— Eu não sei lidar com meus sentimentos... Achei que me afastando dele eu ia me sentir melhor... Mas eu só quebrei o seu coração... Fui egoísta ao achar que quebrando seu coração eu iria deixar o meu protegido, intacto... Mas agora, ele está bem e eu estou com o coração quebrado! Ah! Foi tudo tão confuso depois que Ivy morreu...

— Você está bem sobre isso? Tipo, a gente nunca te perguntou sobre a Ivy e como lidou com isso.

— Eu estou bem.

Não era completamente verdade.

— Eu estou bem. — Repliquei para que eu acreditasse.

— Eu tinha medo de te perguntar... Todos tínhamos. — Comentou. — Não sabíamos sobre o que podíamos falar ou não. Tínhamos medo de fazer algo errado e você se retrair. Você estava diferente qundo voltou.

A parte mais negra do escuro|✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora