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— O melhor é que ela ri da própria desgraça! — Gabriel exclamou, soltando uma gargalhada histérica, chamando atenção de alguns alunos que passavam

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O melhor é que ela ri da própria desgraça! — Gabriel exclamou, soltando uma gargalhada histérica, chamando atenção de alguns alunos que passavam. Inclusive do grupinho de Beyla.

— Para, Gabriel! — Tentei falar séria mas soltei uma risada depois.

— Você fica fofa corada, Lilah, parece um pimentão. — Ele gargalha e me abraça de lado quando eu fecho a cara, as meninas riem e concordam.

— Podemos buscar nosso almoço e comer na estufa? Ivy me prometeu que me deixaria dormir. — Falei quando me recuperei a crise de risos.

— Tudo bem. Vamos. — Gabriely concorda e dá um tapa na nuca do irmão para ele levantar também.

Antes de finalmente me deixar dormir no sofazinho, Ivy me fez comer uma salada de frutas e uma água gostosa que tinha sabor de chá gelado de limão.

Não sei por quanto tempo dormir, mas quando Gabriely me acordou, já era hora da aula de tradução de línguas antigas.

A professora Pandsson, era uma mulher gorda e cheia de maquiagem. Muito bonita, aliás. Ela fez uma breve apresentação e perguntou o nome de cada um da sala. Ignorei o fato dela ter arregalado os olhos quando falei meu nome completo.

Depois de dar uma simples explicação da importância de saber traduzir línguas de ancestrais que não são mais utilizadas. — Basicamente, é para saber interpretar feitiços e poções de grimórios de bruxas e feiticeiros que morreram há milênios.

A professora Pandsson lecionava em duas aulas, tradução de línguas antigas e interpretação de dunas ocultas e alfabeto enochiano. Entediante.

Ela nos fez traduzir uma página de grego antigo e duas páginas de livros diferentes de uma língua que era composta por desenhos. Se eu visse isso antes de saber que era um ser místico, teria gritado e chamado um padre.

Durante a aula, os gêmeos enviaram tsurus e animais de origami que se moviam até a professora. A culpa caía sobre a Alice Orion, pois ninguém imaginaria que os tão bem comportados gêmeos fariam tal coisa.

Quando as aulas acabaram, fui para o quarto com Ivy. Cada uma tomou banho e trocou o uniforme por moletom e calça. Ivy ficou no quarto cuidando de suas plantas e lendo instruções de um grimório com um passo a passo para as plantas crescerem mais rápido. Enquanto isso, fui à procura de Beylamin.

Os corredores estavam vagos. Alguns poucos alunos estavam sentados no chão com livros, cadernos e pergaminhos, estudando.

Encontrei Beyla com seus amigos no refeitório. Eles estavam sentados em uma mesa no canto. Beyla percebeu que eu me aproximava e abriu um sorrisinho.

— Oi. — Levantei a mão como se desse um tchauzinho.

— Olá.

Aceno para Astrid, Crystal e Nico. Apenas Nico e Crystal retribuem. Crystal com um sorriso, mas ainda concentrada em seu livro, Nico com a cara impassível de sempre.

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