1.9

1.1K 172 53
                                    

Sabe quando você almeja por algo? Quando você deseja tanto alguma coisa que parece que você depende daquilo para sobreviver?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Sabe quando você almeja por algo? Quando você deseja tanto alguma coisa que parece que você depende daquilo para sobreviver?

Eu nunca tive nenhuma figura paterna, e a materna valia por nada. Eu estava ansiosa para conhecer Dorian. O homem que conversava comigo era doce e calmo. As vezes me repreendia, mas era algo tão carinhoso que eu não me importava de levar sermão.

Eu o encontraria hoje.

E. Meu. Deus.

Eu não aguentava mais esperar. Marcamos para o fim do dia, e ainda estava de tarde e estava um tédio. Não havia nada para me entreter. Bem, não no quarto.

Calcei meus tênis e corri para fora do quarto.

A decoração de natal estava mais chamativa, e o viscos continuavam sob o teto, esperando por vítimas.

Crystal estava sentada no estofado da janela, vestia um suéter verde-limão e luvas cinzas, ela lia atentamente um livro com uma asa desenhada na capa. Resolvi não incomoda-la.

Passei por outros alunos espalhados, separados em grupinhos. Uns mais novos, outros mais velhos, mas todos com roupas grossas para enfrentar o inverno.

Quando cheguei na escadaria imensa, imaginei o trabalho em subir naquilo, cogitei a ideia de desistir e voltar para o quarto, mas uma voz me impediu.

— Olá, Delilah. — Nico acena com a cabeça e enfia as mãos desprotegidas no bolso.

— Oi, Nico. — Sorri. — Está fazendo algo de interessante? Estou entediada.

— Bem, não, mas podemos fazer. — Ele olha para os lados. — Vem comigo.

Ele segura minha mão protegida pela luva e me
puxa para segui-lo. Passamos pelo corredor até chegarmos em um quartinho.

— O que estamos fazendo aqui?

— Buscar pranchas, é óbvio. — Ele sorri discreto. — Eles escondem aqui as pranchas. Eu conheço uma pequena montanha, não é muito alto, podemos deslizar. Ou a senhorita não quer?

— Pegue logo essa prancha! — Dou um soquinho em seu ombro.

O quartinho ficava no fim de um corredor, de frente para uma enorme janela quebrada. Havia neve e gelo no chão. O piso estava liso e a iluminação da área é precária.

Estava tão avoada olhando para os floquinhos de neve caindo que tomo um susto e pulo quando Nico sussurra e fala no meu ouvido: Bu!

Acontece que eu acabo me desequilibrando e escorregando no gelo. Fecho meus olhos esperando pelo impacto da queda, mas nada acontece.

Quando percebo, Nico está segurando a minha cintura.

— Está devendo? — Questiona brincalhão. Muito diferente do que ele se mostra ser em público. — Você se assusta muito fácil.

A parte mais negra do escuro|✔️Onde histórias criam vida. Descubra agora