Um passo à frente (Parte 1)

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Serkan lançou suas chaves sobre o balcão da cozinha e preencheu um copo com o liquido âmbar da garrafa de uísque, as palavras de Sammy ainda preenchiam sua mente uma hora depois de tê-la deixado. E os protestos dela para que ele ficasse só serviram para que ele confirmasse suas suspeitas, algo a estava incomodado.

Removeu seus sapatos em direção ao quarto separando uma peça de roupa limpa, virou o copo de uma vez o liquido queimando sua garganta.

Caminhou até o banheiro ligando o chuveiro antes de retirar suas roupas, o vapor provocado pela água quente começava a preencher o ambiente

- Parece que não durmo há uma semana. - Estudou seu rosto no espelho que começava a embaçar.

Deixou que a água quente caísse sobre o corpo relaxando os músculos tensionados e a mente vagou novamente até aquela manhã, a conversa com Sammy ficava se repetindo em sua cabeça enquanto ele tentava fazer alguma ligação coerente.

A espuma branca escorreu pelo pescoço escorrendo pelo ralo, se apressou em remover o sabão do corpo.

Precisava de esclarecimentos.

Enrolou a toalha na cintura agarrando o celular.

"Conhece bem sua amiga?"

"Eu tenho algumas..."

"sabe de quem estou falando "

"..."

"Ceren, tem alguma coisa errada...

Estou preocupado."

"Preocupado?"

"Com a Sammy."

"Porque?"

"Ela está escondendo alguma coisa..."

"O que você acha que é?"

"Não sei, mas o que sabe sobre o pai dela?"

"Porque está me perguntando sobre o pai dela?"

"Só estou tentando entender uma coisa na minha cabeça."

"Você deveria perguntar a Eda"

"Acha mesmo que ela me responderia?"

"Só conversa com ela."

Ceren parou de responder suas mensagens o que o irritou, no entanto, talvez pudesse sondar algo com outra pessoa.

"Engin, precisamos conversar."

"Estou no Midnight, qual o problema?"

"Precisa ser pessoalmente"

"Você vem aqui?"

"É melhor que você venha, estou em casa."

"Certo, me dê meia hora."

"Aguardo!"

Serkan ocupava uma casa de dois quartos a três quadras do Midnight bar tinha comprado o local logo após sua formatura na academia, era o lugar em que encontrava sua paz todas às vezes que retornava.

Tinha amor pela família, mas tinha desenvolvido gosto em estar na própria companhia, não era solidão era sossego.

A mãe parecia ter gosto em cerca-lo por todos os lados fazendo as mesmas perguntas a todo momento, e depois que os sonhos o começaram agradeceu ainda mais por não estarem sob o mesmo teto, sonhos esses que apenas Engin tinha conhecimento e agora é claro a professora.

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