Parou sua caminhonete à sobra da árvore em frente à casa, correu os olhos rapidamente pelo espaço, vazio demais para uma casa com uma criança.
A grama sem vida o lembrava dos campos mal cuidados em que costumava jogar futebol com os seus homens, removeu o par de óculos escuros para observar melhor o balanço enferrujado, balançando levemente com a brisa da manhã.
Se direcionou a varanda ouvindo a madeira ranger sob seus pés, a madeira lascada do corrimão poderia ser perigosa para uma mão desavisada.
Deu toques leves na madeira da porta inicialmente, mas ninguém respondeu, então insistiu um pouco mais forte.
Cerca de cinco minutos se passaram até que conseguiu escutar barulho dentro da casa, estava começando a achar que tinha ido ao endereço errado.
Escutou o ferro do trinco do outro lado, a porta se abriu para revelar uma mulher de cabelos longos e castanho levemente desgrenhados em uma porta meio aberta.
Surpresa ela ensaiou as palavras na boca que abria e fechava.
- Bom dia! – Disse pendurando os óculos na camisa.
- O que faz aqui?
- Uma visita. – Ajeitou a alça da tipoia em seu ombro. – A propósito, adorei seu jardim.
Eda olhou sobre os ombros dele. – Natureza morta né?
Observou ela coçar a cabeça em confusão, os olhos sonolentos piscavam lentamente.
- São nove da manhã...
- Eu sei, mas achei que professoras acordavam cedo.
- É domingo! Porque achou isso?
Deu de ombros.
- Pressentimento.
- Péssimo!
- Vai me deixar entrar?
- Por que eu deveria?
- Bom, eu queria conversar sobre ontem.
- Quer me pedir desculpas por ser um idiota?
Franziu o queixo em discordância.
- Me acha idiota?
- Você não?
- É um pouco rude da sua parte, já que nem me conhece.
- Suas atitudes maduras foram essenciais no meu julgamento.
- Estudos comprovam que não é bom focar na primeira impressão sobre alguém. – Tentou fechar a porta, ele pois o pé no vão. – São superficiais e equivocadas.
- Nem sempre, porque às vezes se trata apenas de uma pessoa idiota.
- Nada educada professora, é isso que ensina aos seus alunos? – Inclinou o rosto para o dela através da fresta da porta.
- Como você guia seus homens se não consegue nem estacionar no lugar certo?
Sorriu travesso.
A porta se abriu mais, uma Sammy com cabelos bagunçados, um pijama com a cara do mestre Yoda e meias coloridas que ele duvidou que fossem um par sorriu para ele.
- Capitão! – A mãe revirou os olhos quando a menina o abraçou pela cintura, ele afagou seus cabelos com ondas escuras e baixou os olhos para ela.
- É um pijama e tanto!
- Favorito meu pijama é... – Ela balançou o corpo com o queixo erguido em seu abdômen.
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Conheça minha mãe |✅|
Hayran KurguEssa é minha mãe, Eda Yldiz. Vinte e oito anos e professora. Talvez você a ache um pouco séria demais, ela é assim para todos os que não a conhecem, reservada, realista e sempre racional. Para ela sou sempre eu em primeiro lugar, na frente de suas...