Confiança (Parte 3)

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Eda se sentou sobre os degraus da varanda observando a filha lançar um graveto para Sirius que corria para buscar e então trazia novamente.

Serkan estava esticado com a atenção voltada para o balanço.

- Eles já estão nisso a uma hora. - Ceren falou atrás dela. - E eu ainda não entendi o que ele está tentando fazer.

- Quer substituir as correntes. - Eda disse abrindo espaço para que ela se sentasse ao seu lado.

- Estou ficando com fome. - Encarou o copo com suco nas mãos fazendo um bico. - Quantos eu já tomei?

- Não faço ideia...

- Pode me explicar por que estamos bebendo suco de cereja e não vinho?

- Porque ainda são 11 hora da manhã Ceren. - Fez uma careta virando o restante do suco.

- E o que vamos almoçar. - Eda a estudou com o canto dos olhos.

- O que você sugere?

- Não sei, eu sou a visita lembra?

- Vocês vieram sem aviso lembra?

- Quando cheguei ele já estava aqui e você não pareceu se importar.

- Você não quer entrar nesse assunto... - Eda piscou para ela que entreabriu a boca.

- Estou calada. - Ficaram em silêncio por um tempo estudando os dois.

Eda se virou para Ceren curiosa.

- Escuta, ele é sempre assim?

- Assim como? - Ceren estudou o irmão com o cenho franzido.

- Assim... - Apontou com as mãos. - Que mania é essa de querer consertar tudo?

- Ah, era uma coisa dele e do papai. - Deixou o copo sobre o piso com um sorriso fraco. - Mas ele não insistiria se não se importasse com vocês.

- É irritante ver ele andando por aí procurando defeitos em tudo. - Ceren olhou ao redor.

- Acho que ele tem um pouquinho de razão.

- Você também?

- Esse lugar precisa mesmo de atenção.

- Não é tão ruim...

- Comparado ao que? - Eda chocou seu ombro contra o dela lhe arrancando uma risada. - Brincadeiras à parte, deveria reclamar com o seu senhorio você paga um aluguel. - Um aluguel sem contrato pensou.

- Quer saber... - Disse se levantando. - Vamos beber vinho e ele que faça o que quiser.

- Mas e o almoço?

Disse seguindo-a.


- Capitão! - Sammy segurou o graveto entre as mãos o estudando puxar as correntes. - Sirius pode encontrar qualquer coisa?

- Depende... - Ela o encarou confusa, Serkan soltou as correntes dando atenção a ela. - Ele precisa conhecer o cheiro.

A menina correu os olhos pelas roupas cheirando o tecido de sua camiseta.

- Então se eu me escondesse ele me acharia?

Serkan pensou um pouco sob o olhar ansioso dela.

- Quer dizer em uma brincadeira?

Ela desviou os olhos começando a andar em círculos no gramado.

- É... Digamos que eu me esconda ele vai conseguir me achar?

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