Um passo à frente (Parte 2)

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As luzes ao redor da cidade se misturavam as das lanternas baixas penduradas ao longo da praça, as decorações em laranja e as barracas se enfileiravam pelas laterais assim como as mesas de madeira cobertas por cordões de folhas.

Sammy apertou a mão da mãe seus braços esbarravam ora ou outra no tecido branco do vestido dela a menina andava saltitante como habitualmente fazia quando se sentia feliz.

Eda varreu o pequeno mar de pessoas que começava a crescer com os olhos procurando a imagem ruiva e alta do homem que já não via a alguns dias, não encontrou, algo parecido com decepção cresceu dentro dela, estava com um pouco de raiva dele.

Serkan tinha deixado a cidade há uma semana sem qualquer explicação, não que devesse a ela alguma, não devia, mas tinha Sammy que não parava de perguntar por ele.

Por outro lado tinha Engin que passou boa parte da semana, se não todos eles batendo em sua porta as levando para todas as partes como se ela não tivesse um carro parado na porta de casa, no entanto, suas visitas estranhas tinham servido para distrair Sammy da ausência desavisada de um certo alguém.

Avistou Melo agitando os braços no ar na companhia de Fifi em seu uniforme meio bege e de Quepe, Ceren e Ferit.

- Achei que precisaria ir até sua casa e te arrastar. - Ceren se aproximou agarrando seu braço livre e beijando seu rosto.

- Eu disse que viria...

- Como está pequena? - Melo se dirigiu a Sammy com um sorriso largo. - Ficamos preocupados com você.

- Estou bem! Por que não foram me ver?

Fifi afastou Melo com os braços tomando a atenção da menina. - Não fomos, mas ficamos informadas sobre você e hoje vamos compensar nos divertindo, certo?

- Certo... - Sammy estudou Ferit de pé com os braços cruzados em uma postura um tanto quanto desconfortável, então se aproximou de Ceren grudada ao braço de Eda. - Vai se divertir com a gente tia Ceren?

- Certeza que sim... – O homem moveu o corpo passando o peso de uma perna para a outra.

- O Engin vem? - Eda apertou a mão dela.

- Ele já deve estar aqui. – Ceren buscou entre as pessoas até encontrar a expressão fechada de Ferit dirigida a ela. – A propósito você está muito bem... – Desconversou estudando o vestido branco que Eda levava ao corpo.

- Obrigada! – Respondeu sem graça.

- Espero que use algo parecido no domingo.

- O que tem no domingo? – A estudou com curiosidade.

- Ferit e eu daremos um almoço... – Sorriu animada, Eda apertou os olhos castanhos nela que abriu os dela azuis e brilhantes em resposta. – Um almoço para o noivado.

- Entendi!

- Eu posso ir? Ou é algo de adultos? – Ceren abandonou os braços de Eda para apertar a menina contra o corpo.

- Você será minha convidada de Honra...

- Mesmo?

- Mesmo...

Ceren se curvou para beija-la no rosto a menina escapou de sua vista correndo em direção ao homem alto e distante.

Eda a acompanhou com os olhos, lá estava ele usando jeans e camiseta em baixo de sua jaqueta de couro com seus típicos coturnos pretos, sorridente como se não tivesse desaparecido por uma semana deixando um cachorro à sua porta e sem deixar rastros.

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