Sammy

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Nota: Os próximos capítulos são dedicados a Aline que fez aniversário ontem <<3333

E tem a contribuição cômica  da Luna e da Pam, que me fazem chorar de rir pelas madrugadas... 

Aproveitem!!! 

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Sammy balançou seus pés sentada ao lado de Ceren a mulher que hora ou outra procurava algo na multidão, parecia um pouco triste depois que Ferit foi embora dizendo algo sobre prioridades.

"Precisa reafirmar suas prioridades"

Sammy não sabia o que aquilo queria dizer, mas ele também não parecia feliz ainda mais depois de Ceren ter ficado tão contente com o primeiro lugar de Engin.

"Porque eu não deveria ficar feliz? Ele é meu amigo!"

Ela não saberia dizer se a tia Ceren estava à procura de suas amigas que sumiram logo após o anúncio, de um Ferit levemente irritado ou de Engin e seu troféu com a forma de uma caneca grande.

Ela gostava de Ceren, gostava muito.

Então, vê-la sentada triste a deixava triste também, assim como acontecia com a mãe quando estavam em Los Angeles.

Quando estavam lá a mãe estava triste o tempo todo o que fazia com que ela estivesse sempre triste também.

Quando seu tio Luke as guardou em sua casa Sammy estava feliz porque sua mãe estava feliz também, mas então quando seu tio ficou doente as coisas voltaram a ficar tristes de novo e quando ele morreu sua mãe, por um tempo, pareceu morrer também.

Mas então chegaram ali, distantes de todas as coisas tristes e lugares escuros.

Longe de pessoas ruins, longe da pessoa que as tinham machucado tanto.

Sua mãe tinha medo de tempestades porque quando chovia o monstro que as mantinha presas á fazia chorar, Sammy tinha medo do escuro porque o mesmo monstro costumava prende-la no armário.

Não gostava de quando ele estava por perto, porque quando ele estava por perto coisas ruins aconteciam o tempo todo, ele dizia coisas ruins, fazia coisas ruins e na maioria das vezes a mãe era responsabilizada.

Ele a torturava se achasse que estavam falando muito ou rindo alto demais.

Geralmente a mãe dizia que ficariam bem, e quando ela a abraçava Sammy realmente acreditava nisso, mas no dia seguinte ou dois dias depois as coisas voltavam a ficar ruins e a mãe voltava a chorar. Ver seu rosto e corpo marcado ou escuta-la implorar para que ele a tirasse da sacada quando estava chovendo a deixava triste também.

Na verdade, lhe partia o coração.

Sua mãe era a pessoa mais forte que conhecia.

Por isso quando chegaram ali se sentiu tão bem, porque em Beaufort sua mãe tinha uma amiga. A tia Ceren, e tinha um emprego e era livre.

Então quando a mãe lhe passou aquela tarefa na escola sobre escrever para alguém que não conhecia, mas admirava ela se sentiu tão confusa. Porque não conhecia muitas pessoas e não admirava ninguém a não ser a mãe, a pessoa que lhe tinha salvo a vida tantas e tantas vezes, porém sempre que almoçava com a Tia Ceren no bar do Engin via a foto que a lembrava tanto do tio que as tinha salvado uma vez e que ela por consequência admirava, mas ele não estava mais ali.

Não poderia escrever uma carta para o céu.

Ceren lhe contou coisas sobre ele o homem da fotografia, coisas que fizeram o coração dela se encher de algo bom.

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