Fortaleza (Parte 1)

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Nota: Bebek's voltei, espero que não tenham sentido minha falta (Como se eu deixasse rsrs)... Já começo me desculpando por não ter conseguido responder aos comentários de vocês, foi falta de tempo, mas li todos e tenho que dizer que algumas teorias, e surtos, estão se aproximando da verdade! Agora, estamos entrando em uma fase muito importante da Fic, então é importante que se atentem aos detalhes, a partir da segunda parte do capitulo de hoje, teremos pequenos saltos temporais importantes para o desenvolvimento e desfecho da nossa história... :'( O que significa que antes do que imaginam suas respostas e dúvidas serão respondidas e seus nós desfeitos

Espero que gostem desses "capítulos"  tranquilos, e se preparem para os próximos, porque pode ser que talvez, emoções fortes os esperem... Bjs <333 

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Não há sentimento mais profundo que o amor, fraterno ou romântico. Ele se apresenta entre as pessoas de maneiras distintas, sempre pronto para transformar aquele que o hospeda de forma intensa e aflorada, ou calma e sorrateira.

Uma guerra interna se inicia, os opostos irão se atrair,  fazendo sentir-se vulnerável e forte ao mesmo tempo.

Não importa, seus muros serão quebrados.

Os olhos castanhos estavam presos as chamas que dançavam na lareira submergindo o ambiente em uma iluminação alaranjada e aconchegante.

Ele suspirou embaixo dela com a mão entranhada entre as mechas desarrumadas de seus cabelos, Eda se moveu erguendo seus olhos para lhe estudar o rosto apoiando o queixo sobre seu tronco.

Os olhos se mantinham fechados, no entanto, permanecia acordado. Deu início a um passeio com as pontas dos dedos sobre a pele nua de seu peito, seguindo as pequenas elevações causadas por pequenos cortes e algumas cicatrizes se deteve sobre a maior delas morando próxima ao coração.

- Está acordado? – Perguntou já conhecendo a resposta.

- Acordado! – Manteve os olhos fechados.

- Dói? – Pressionou, ele riu.

- Não dói professora... – Abriu os olhos para estuda-la com os olhos fixos na pele. – No que está pensando?

- Nisto, como...

- Como ganhei ela? – Ela assentiu. – É uma história um pouco longa e chata de contar.

- Você disse que tínhamos tempo. – Levando seus olhos para ela, ele a estudou com as pálpebras pesadas.

Suspirou pesadamente buscando na mente as lembranças da noite em que morreu pela terceira vez.

- Foi um projetil... – Ele inicia pousando a mão sobre o local. – Era tarde, estávamos cerca de vinte minutos atrasados para o patrulhamento, uma movimentação fora do comum nos fez parar, uma emboscada. – Seu olhar se tornou distante. – Todo o resto aconteceu muito rápido.

- Do que se lembra?

- De atingir o solo, me lembro do calor que fazia naquela madrugada, era julho. Às vezes parece que ainda estou lá. – Eda buscou pelas mãos dele. – Sabe o que me deixa mais intrigado? – Ela agitou a cabeça ainda apoiada nele estudando as feições do rosto mudarem enquanto as palavras deixavam sua boca. – Era para eu ter morrido ali, acho que por um tempo eu realmente morri.

Eda arrastou seu corpo se encaixando na lateral do dele, pousando a cabeça sobre o braço estirado no tapete que a envolveu no mesmo instante.

- Mas está aqui... Vivo!

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