Inteiros (Parte 2)

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"Passadas as chuvas torrenciais que agitavam o mar em volta do farol, a borboleta pode finalmente descansar suas asas em seu pouso, guiada pela luz intensa parecia agora ter finalmente encontrado um lar."

Outono.

"— Eu Serkan Bolat, prometo desde já amar-te como nunca antes cheguei a amar alguém..., Cuidar-te e aguardar pacientemente que suas crises tenham fim. Prometo-lhe uma rotina imprevisível e que os dias mais frios se farão quentes ao menor de nossos toques. Prometo-lhe que cada um dos meus sorrisos serão o reflexo de sua de sua felicidade e que a minha loucura será a paz de nossas brigas. Prometo ainda que esse amor não morrerá com o tempo, não se perderá no moderno porque este será ingênuo, afável e sincero..."

As palavras ditas por ele diante do juiz de paz e de seus familiares e amigos ainda ressoava claramente em sua cabeça, como se as estivesse ouvindo pela primeira vez.

Ainda não parecia real, estar ali sendo guiada em um carrinho de golf até o bangalô de sua lua de mel.

Presente de Aydan, ou mãe como ela havia insistido para se chamada algumas horas atrás. Ela havia reservado para os dois a "suíte" matrimonial de um hotel de luxo a beira mar em Charleston.

Enquanto a brisa balançava os seus cabelos delicadamente arrumados por Ceren, os dedos dele se apertavam contra os dela descansando sobre a coxa dele. O mar parecia calmo aquelas horas e poucas pessoas se arriscavam a estarem ali em meados do outono.

Assistiu o homem vestido de azul celeste remover sua pequena mala de mão do descanso atrás de seu banco e a levar para dentro. Serkan a ajudou a descer do pequeno automóvel sorrindo lindamente para ela quando a admiração tomou conta de seu rosto.

O hotel possuía quartos feitos de madeira nobre enfileirados a beira da praia. Eda se segurou nos ombros do marido para se firmar melhor nas ripas de madeira que formavam um caminho sobre a areia.

Depois de recebe uma quantia razoavelmente generosa de Serkan o rapaz os deixou em seu carrinho de golf, ela foi guiada por ele até a porta ainda aberta do quarto deles.

— Pronta para consumar nosso casamento senhora Bolat? — Sentiu seu rosto arder sob olhar repleto de cobiça dele.

— Ainda não acredito que estamos casados. — Disse ela estudando o dedo anelar de sua mão esquerda agora coberto por um anel fino de ouro rose cravado por pequenos diamantes e uma morganita solitária no centro; e uma aliança delicada em ouro com o nome dele gravado dentro.

Serkan havia pensado em tudo. — Vamos precisar trabalhar para que acredite então.

Ele a ergueu em seus braços a fazendo soltar um grito pelo susto. — O que está fazendo? — Perguntou quando ele cruzou a porta a fechando com os pés e a girando em seus braços no centro do quarto luxuoso.

— Eu sou um homem dado a tradições Senhora Bolat. — Ele lhe respondeu estudando seu rosto.

— Nunca me pareceu isso! — Disse ela levando a boca a dele. — Se bem que você fica muito bem nesse uniforme. — Disse detendo-se antes que suas bocas se tocassem.

Ele a pousou cuidadosamente no chão e suspirou com os olhos ainda presos nela. — Nunca tinha te visto fardado pessoalmente.

— E o que acha? — Ele abriu os braços e girou para a avaliação dela.

— Acho que você... — Ela começou fechando seus dedos nas laterais do terno de tecido escuro bem alinhado ao corpo dele. — Está tradicionalmente bonito. — As bochechas esquentaram e ela se ergue nas pontas dos pés para tocar seus lábios.

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