Capítulo 17

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Ás vezes não conseguimos agradar a todos e muito menos nosso santo bater com de todo mundo. Às vezes temos nossas inimizades, temos nossos desentimentos. Eu não sou uma pessoa fácil a se lidar mas tenho certeza que sou muito melhor do que qualquer outra pessoa. Durante muito tempo não tinha tanta paciência ou vontade de me dar bem com uma certa pessoa. Sempre batemos de frente e tínhamos nossas diferenças. E hoje chegou o dia de nos revermos.

– Olá Aly! -abro os olhos vendo ele parado em pé com um sorriso diabólico no rosto.

1930, Antiga New Orleans

— Tem mesmo que chamar ele? -pergunto fazendo manha e Elijah me repreende com o olhar.
– Ele é da família. Temos que chamar e manter a paz. -disse Elijah enquanto lia um livro me fazendo revirar os olhos.
– Você sabe muito bem que nunca me demos bem. E ele me odeia. -digo cruzando os braços me jogando no sofá.
– Niklaus quer uma reunião em família. Então isso inclui Finn!
– Eu odeio vocês dois. -murmuro pressionando a almofada na cabeça.
Juro que todo esse tempo que estou com os Mikaelson eu tentei de tudo para me dar com ele. Mas ele é o único insuportável intolerante e que me odeia. Nossa convivência nunca foi e nunca vai ser boa. Ele me como uma pessoa ruim para todos e quer me afastar a todo custo. Sempre colocando os inimigos de Klaus contra mim e fazendo eu ter que fugir pra longe.
– É só um jantar, vai ser divertido! -disse Kol sorrindo perverso se jogando em cima de mim.
– Eu não quero vê-lo, você lembra que da última vez ele quase fez com que aquelas bruxas malucas me matasse.
– Não vai acontecer nada, estaremos aqui pra te atender. -disse Kol me dando um beijo na bochecha.
A última vez que vi Finn ele tinha armado uma emboscada para mim e tinha bruxas querendo me matar, acabou que matei metade do bando e a outra metade consegui fugir mas Elijah matou todas. Finn sempre tentou me matar ou me excluir, porque segundo ele eu era uma aberração igual Nik e deveríamos morrer.

*

– Olha quem está aqui! -disse Nik comemorando com uma taça de vinho em suas mãos. Assim que olho para trás vejo Finn e meu estômago embrulha.
– O que seria um jantar de família sem mim, não é mesmo? -disse sarcástico com um sorriso forçado no rosto.
– Não faria diferença nenhuma, só vem atrás de nós para ajudar mamãe em algum plano maligno para acabar com nos. -disse Rebekah sorrindo falso pra ele.
– Sem brigas hoje. -disse Elijah sorrindo fraco mantendo sua postura.
– Olha aqui se não é a primeira aberração que o Nik criou. -disse Finn me olhando dos pés a cabeça.
– E olha só se não é o irmão ingrato que tenta matar todos. -digo sorrindo falso para ele que revira os olhos.
– HOJE VAI DAR BOM. -gritou Kol comemorando.
Depois de um jantar com muitas provocações e trocas de indiretas, me despedi de todos e subi para o meu quarto, resolvi tomar um banho antes de dormir. Assim que acabo o mesmo saio enrolada na toalha em direção a cama que tinha minha roupa em cima.
– Você sabe que uma hora ou outra você vai morrer igual eles né? -perguntou Finn fazendo eu dar um pulo assustada. O mesmo estava sentada na poltrona ao lado da porta onde não tinha reparado.
– O que você está fazendo aqui? -pergunto assustada dando uns passos pra trás. Ele se levanta vindo em minha direção.
– Aly Aly, você não deveria estar viva ainda e nem meus irmãos, minha mãe criou muitas aberrações que está acabando com o mundo durante anos. –suspirou me fazendo bater com as costas na parede.
– Por favor saia daqui. -digo trêmula.
– Não! Você escapou da última vez mas dessa não irá. -disse apertando meu pescoço me tirando do chão, começo me debater tentando me soltar.
– SOCORRO! -tentei gritar.- ALGUÉM ME AJUDA.
– Não adianta, dessa vez você não ira escapar. -disse tirando um objeto estranho do bolso e eu me assusto. Começo ficar nervosa e não consigo fazer nada além de me debater, a falta de ar não conseguia me transformar em híbrida.
– ME SOLTA! -gritei já vermelha sem ar.
Finn aproxima o objeto da minha barriga e olha nos meus olhos rindo, quando ele está pronto pra enfiar vejo o mesmo ser arremessado longe. Mostrando a imagem de Kol me abraçando.
– NÃO CHEGA MAIS PORTO DELA! -gritou Kol me apertando em seus braços.
– Você sempre arrumando problemas Finn. -disse Elijah pegando o irmão pela gola da camiseta e o arrastando pra fora do quarto.
– Tá tudo bem? -perguntou Kol me olhando preocupado.
– Ele tentou me matar de novo! -digo nervosa segurando o choro.
– Foi só um susto, eu estou aqui. -disse me abraçando novamente.

Tempos Atuais...

– O que você está fazendo? -perguntei tentando me mexer na cadeira, mas estava amarrada e com pouca força.
– Você dorme muito. -reclamou entediado se sentando na cadeira a minha frente.– Da próxima vez bato mais fraco pra não ficar uma semana desacordada.
– UMA SEMANA? -gritei assustada e ele ri.
– Sim uma semana bela adormecida, acho que a batida e o sangue retirado do seu corpo não te fez bem. -disse indiferente e eu sinto uma pontada no coração.
– O que você quer de mim? Porque me tirou do meu filho? -pergunto segurando o choro.
– Eu te disse querida Aly, uma hora ou outra eu iria conseguir realizar o que nós sempre queríamos. -disse sorrindo de canto.
– Nós?
– Claro minha querida. Nós. -escutei a voz da Esther e sinto minhas pernas tremer e o ar faltar. Confesso que não tive boas experiências com Esther. – Já não bastava aquela idiota da Hayley ter um bebê do Nik, você também.
– Por favor, não faça nada com ele! Ele é só um bebê! -imploro desesperada vejo ela rir junto de Finn.
– Querida Aly, vocês já viveram muito tempo nesse mundo. Trouxeram muita destruição, coisas horríveis. Está na hora disso acabar! -disse sorrindo me olhando com pena.
– Você vai ter coragem de tirar a vida dos seus próprios filhos e dos seus netos? -pergunto incrédula ainda tentando me soltar.
– Com certeza, todos vocês foram um erro meu e eu pretendo acabar com isso de uma vez. -disse Esther se aproximando de mim. — A começar por você, Nik não poderia ter mexido com o equilíbrio da natureza te transformando nisso.
– Por favor Esther, eu tenho um filho, não faça isso. A gente não cauda mais problema algum.
– Seu filho vai crescer uma aberração e vai se transformar em algo horrível como o pai dele. Vocês tentam ser bons, mas não conseguem.
– Isso tudo foi um erro, não deveríamos ter nos transformados em vampiros e ter feito tudo que fizemos. ‐disse Finn encarando a mãe que concorda.
– Pense em tudo que seus filhos construíram. Uma família linda em uma cidade nova. Nunca mais se abandonaram, você agora tem netos. -digo tentando mudar a cabeça da mesma.
– Eu queria que fosse simples assim querida Aly. -disse se aproximando de uma mesa cheia de coisas em cima. – Mas acontece que seus filhos mexeram mais ainda com a natureza e isso vai acabar com o mundo.
– Não! Não vai acabar com nada, conseguimos lidar com as coisas de forma boa. Todos eles mudaram Esther, dá uma chance pra essa nova fase.
– Já dei muitas chances e deixei muitas oportunidades escapar, mas está na hora de consertamos isso. -disse mexendo em algumas das coisas.

Meu sistema nervoso atacou só de pensar que eu estava uma semana longe do meu filho que tinha acabado de nascer. Como ele estava? Como Nik estava lidando com isso? O que será que estava acontecendo? Meu coração parecia que ia sair pela boca, eu me sentia muito fraca e não conseguia me soltar dessa maldita cadeira.

*

Vocês querem um capítulo na visão do Nik?

Os capítulos não serão tão grande como de começo, mas serão mais capítulos e atualizados mais rápidos. Espero que estejam gostando.

Back For You || Klaus Mikaelson [CONCLUÍDA]Onde histórias criam vida. Descubra agora