POV Wendy
Quando a gente morre, você acha que vamos pra onde?
Eu já acreditei em muitas teorias da minha cabeça, ainda acredito em várias.
Não acho que a gente vá certamente para um céu, com anjos lindos e espíritos gentis.
Assim como eu também não acredito que tenha um inferno, onde as piores pessoas do mundo vão pra lá e pagam pelos pecados que cometeram.
Eu acredito que assim que nos morremos, o corpo precisa de um tempo pra apagar tudo da nossa mente, sobre aquela vida, pra que sejamos enviados pra cabeça de um bebê novo, que acabou de sair de uma boceta. Sim, eu sei, é uma puta brisa louca, mas cada um acredita naquilo que quer.
Mas pensa, será que quando nascemos chorando, na verdade é o nosso eu do passado não querendo abandonar a história que teve?
Sei lá, ao mesmo tempo em que eu continuo viva, sinto como se eu já tivesse morrido outras vezes, como se a vida não fizesse sentido nenhum.
Eu não sei qual é a sensação de estar morta, mas sempre foi uma vontade minha.
- Tá. Quer me explicar como você "mata" as pessoas?- Billie me pergunta enquanto se arrumava na cama.
- Eu não sei, não sei oque é, mas é algo que envolve o meu subconsciente, eu preciso estar puta na hora. - Digo deitando e olhando pro teto, iluminado pela luz roxa.
- Tá me dizendo que a Wendy pensa em alguém morrendo e 'uau morreu!!!- Ela diz brincando e eu a olho séria. - Eita... É assim que rola mesmo?
- Sim, mas não é só pensar, é muito sobre oque eu sinto sei lá. Eu preciso canalizar os meus sentimentos ou os de alguém, pensar na pessoa que eu quero morta e segundos depois, acontece.
- Espera! A Jade morreu por minha causa?? - Ela pergunta e eu afirmo.
- Infelizmente, naquele dia você estava puta por ser corna, eu detesto seu namorado, foi só juntar as duas coisas e ela morreu. Não queria que ela tivesse morrido.
- Você não tem controle disso?
- As vezes sim, as vezes não.
- Claro que não tem, por que o Ricky tá vivo ainda? - Ela pergunta, me fazendo sentar rapidamente.
- Porque eu queria fazer isso ciente de que ele sabia que era eu, queria fazer ele morrer aos poucos. Eu queria cortar aquele pinto dele e... Mas eu não quero ser como ele, entende? - Digo e ela me olha séria.
- Não, não entendo, corta o pinto dele. - Ela diz me fazendo rir. - Amor, como isso não aconteceu naquela noite? Por que eles não morreram?
- Eu não sei, eu não conseguia pensar em nada, em nenhuma morte que parecesse um acidente na hora. - Digo.
- Tá, eu ainda não acredito muito nisso aí de poder da mente. Então vamos pensar em uma forma de matar ele.
- Eu já disse que não te quero metida nisso. - Falo irritada.
- Mas ele tem coisas minhas, ele fez coisas horríveis com outras pessoas, com a Joy, poxa, me deixa ajudar? - Ela pede e eu fico em silêncio.
-... Ai... Tá bom, mas se você amarelar eu... - Digo e ela me para.
- Eu não vou.
- Ok. Vamos começar então. - Digo e me inclinei pra pegar meu caderno dentro da gaveta.
Passamos aquela noite toda pensando e arquitetando coisas que poderíamos fazer pra que tudo acontecesse de maneira correta.
Já que eu expliquei pra ela, acho que deveria explicar pra vocês né?
Bom, nos meu 12, 13 anos eu comecei a ter excessos de raiva, coisas estranhas aconteciam, eu conseguia fazer as pessoas sentirem dor, eu conseguia sentir a dor das pessoas, principalmente quando eu causava aquilo, oque não é muito bom.
Eu já cortei pulsos, já fraturei ossos, de pessoas, sem nem ter que mover um dedo sequer, basta eu pensar.
E depois de um tempo, minha raiva foi virando algo grande, capaz de pensar em algo ruim o bastante e segundos depois ver alguém na minha frente morrer, da maneira que eu pensei, não é algo prazeroso pra mim, é só raiva acumulada.
Eu costumo pensar em coisas mais óbvias, com bastante pessoas por perto, pra que ninguém me culpe, a Jade? Estava de salto alto, por isso escorregou na piscina, o Brian? Pisou falso e simplesmente escorregou na mesa, e o melhor amigo do Ricky? Só estava tão puto com a própria vida e com o amigo merda que tinha, que se matou.
Acha que tem como me culpar dessas coisas? Sem nenhum tipo de prova?
Fazer essas pessoas quebrarem o pescoço era só uma garantia que eu tinha de que realmente morreriam, e também não é nada absurdo ou impossível de acontecer.
- Pronto, tem certeza que vai querer fazer isso? - Pergunto olhando Billie nos olhos.
- Sim. Você tem certeza que vai fazer?
- Sim.
- Ok. Agora a gente pode falar sobre nós duas? Assistirmos um filme? Pedir algo pra comer? Fazer coisas de casais normais? - Ela pede sentando no meu colo.
- Você quem veio com essa ideia de matar, eu sou completamente normal. - Digo com um sorriso de canto.
- Piada, só mata umas pessoas por aí né?
- E se um corte aparecesse nesse bracinho aqui? - Pergunto passando a mão pelo seu braço e ela me olha assustada.
- Aii para com isso!! Tenho medo. - Ela diz tampando o braço me fazendo rir.
- Não vou te machucar. Nunca, tá bom? - Digo juntando mais nossos corpos e ela apenas assentiu.
- Queria uma coisa de você agora. - Ela diz mordendo o lábio inferior.
- É? Oque você quer? - Pergunto e a mesma aproxima seu rosto do meu.
- Quero comer alguma coisa.
- Aaa!! Achei que queria outra coisa. - Digo Brava.
- Eu quero isso aí também, mas, primeiro eu preciso comer um alguma coisa e depois eu como você. - Ela diz me dando um selinho.
- Gente. Que pouca vergonha.
- Você gosta. - Billie diz levantando e pegando seu celular.
- Realmente.
Me levantei, indo até o calendário e anotando algo pra o dia 28.
" Dia 28
Noite de purificação. "
- Tá, você quer comida japonesa ou chinesa? - Falo virando e olhando pra Billie, que tinha uma expressão de dúvida.
- Hmm tô afim de comer uma comida chinesa.
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Aniversário da Billie hoje!!! 19 anos de perfeição aiai.Se cuidem gente, até segunda feira, bebam água por favor. ❤
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E o céu desaba ▪︎Billie Eilish ▪︎
Fanfic"- Quer jogar um jogo? - Pergunto e ela me olha séria. - Que jogo? - Olha ali, presta atenção em todas as pessoas na piscina, escolhe uma delas, e eu vou te dizer tudo, tudo mesmo sobre ela. - Digo e nos viramos tendo a visão da piscina." [+ 18] Co...