Na manhã seguinte

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Enquanto isso na casa de Lucas:

   A discreta luz do sol começa a adentrar no quarto, em meio as cortinas e toca suavemente a face de Thomaz, que abre os olhos meio sonolento ainda e em um sobressalto se senta na cama, olha o relógio na cabeceira e eram só 6:00h, deitando novamente fica olhando pro teto.
_ Vou precisar tomar banho... que coisa, isso nunca me aconteceu... – Thomaz fala emburrado ao lembrar da noite anterior.
   Após um banho demorado, Thomaz se olha no espelho do banheiro, observando suas tatuagens e algumas cicatrizes das disputas passadas... mas agora era passado, ele havia prometido ao seu pai e agora em uma nova província e tendo encontrado Arthur, teria que cumprir tal promessa. Parecia que seu lobo interior estava muito calmo, será que pelo efeito dos feromônios do ômega? Que está manhã tinham praticamente desaparecido do seu corpo.
   Thomaz suspirou e terminou de se arrumar com o uniforme emprestado de Lucas, até providenciar o seu,  pegou sua mochila e foi  para cozinha, deixando a mochila em um canto.
   Já sentado na mesa estava Lucas, com cara de poucos amigos e percebi que os seus pais haviam deixado o café da manhã pronto e já tinham ido trabalhar. O pai de Lucas é um alfa, trabalha em uma multinacional como CEO e sua mãe uma beta, tem um restaurante e trabalha com alimentação saudável.
_ O que foi Lucas, porque está cara de bunda, logo cedo? – pergunta Thomaz ao se sentar na mesa.
_ Ontem passei pelo seu quarto pra ver se precisava de alguma coisa e senti seus feromônios. Thomaz que merda você está fazendo? Se você magoar meu amigo, eu te mato!!!!!! – falou Lucas, com seus olhos castanhos brilhando intensamente de raiva.
_ Lucas, você gosta do Arthur? – perguntou Thomaz com ciúmes e aborrecido.
_ L-lógico que sim!!!! – Lucas só vê Thomaz arregalar os olhos e ficarem vermelhos de raiva, sentindo um pouco dos feromônios liberados pelo primo. _ ... Mas não da forma que pensa, eu o conheço desde que éramos crianças e ele sendo um ômega, sinto como se devesse protegê-lo e eu sei bem como você é e o porquê veio para cá. – Lucas fala olhando fixamente nos olhos de Thomaz.
   Thomaz se levanta e batendo as mãos na mesa, fala:
_ Lucas você tá doído? Eu sei que me meti em muitos problemas na capital, mas nunca machuquei ou machucaria um ômega, não acho que eles sejam somente para procriação ou inferiores a nós. E... Não sei explicar... Mas estou interessado no Arthur e não farei nada para magoa-lo!!!! – Thomaz fala com sua voz alfa, sem nem perceber, deixando Lucas incomodado.
_ Espero que as coisas sejam diferentes aqui e estarei ao seu lado sempre que precisar, somos família e vá com calma com o Arthur, ele nunca namorou ninguém e é um ótimo amigo. Agora vamos tomar café, pra poder buscá-lo pra ir pra escola. – disse Lucas já mais calmo.
   Tomaram o café da manhã em silêncio e logo foram buscar o Arthur.

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Na casa de Arthur:

   Estava já sentado na sala com minha mochila aguardando os meus amigos virem me buscar e fiquei imerso em meus pensamentos.
   Estava olhando para minha mãe, ela era uma ômega de cabelos longos castanhos, com lindos olhos azuis e seu odor era de chuva com flores de cerejeiras, me acalmava tanto e devido as suas características escolheu ser enfermeira. Agora ela estava lavando a louça do café da manhã, hoje ela não iria ter plantão no hospital e ficaria em casa, já meu pai era um alfa, com cabelos curtos e negros e olhos verdes, dos quais herdei, ele era muito justo, forte e gostava de praticar artes marciais desde que era muito jovem, seu odor era de carvalho e escolheu ser policial, mas poucos sabiam sobre isso, porque ele fazia parte de um grupo especial dentro do esquadrão da província, ligado a capital e hoje ele só iria pro quartel na parte da tarde.
   Depois que o tempo da humanidade antiga passou, caíram por terra as discriminações de relacionamentos entre casais do mesmo gênero, mas lógico que surgiram outros, os ômegas são tratados como inferiores e até mesmo alguns pensam que só serviriam para procriar, muitos sendo estuprados durante seu cio, ainda bem que não são todos que pensam dessa forma e agora os supressores são dados gratuitamente, como forma de diminuir essa prática. E existem muitas leis que apoiam e protegem os ômegas.
   O som da porta abrindo, me tira dos meus pensamentos, era minha mãe deixando o Lucas entrar, seguido de Thomaz, quando nossos olhos se cruzam, sinto uma onda de calor e acabo desviando os olhos.
_ Bom dia tia!!!! – fala Lucas todo animado, abraçando minha mãe.
_ Este é o meu primo Thomaz, ele vai estudar com a gente este ano. – Lucas foi logo apresentando Thomaz.
   Minha mãe fez uma saudação wai e discretamente me olha de canto, com um sorrisinho nos lábios, só reviro os olhos... aí... Tem dias que odeio isso, sei que posso conversar de tudo com eles e me aceitam como sou, mas isso dá liberdade pra eles  me fazerem passar vergonha.
   Antes que meu pai se juntasse já fui arrastando eles para fora.
_ Tchau mãe, até mais tarde!!!!! – falei já do portão.
   Logo me acomodo no banco de trás, o que deixa Lucas espantado, mas enfim, eles iriam pegar Émile no caminho, então Lucas se senta no banco de passageiro a frente e Thomaz sem escolha vai ao volante.
   Vejo pelo retrovisor Lucas me olhando intrigado, será que o Thomaz falou alguma coisa sobre o beijo? Sacudo a cabeça e olho pra fora da janela, olhando a paisagem. Logo chegamos na casa de Émile, que entra no carro e me olha estranho e logo solta...
_ Ué Arthur, você finalmente liberou o carro pra mais alguém além de você? – ela me olha rindo muito.
   Não digo nada e Thomaz coloca uma música para tocar, quase não acredito, é uma das músicas que gosto, ao olhar vejo que não é minha playlist salva, mas a dele. Olho pra Émile que começa a cantar e logo todos estamos cantando até chegarmos a escola.

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   A música em questão é " five more hours", deixei um vídeo acima, de onde conheci a música. 😂🥰💜
   Vou usar elementos diversos na história, espero que quem ler goste, pois vem muita treta pela frente, pra quem acha que está previsível o enredo... kkkkkk....

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