Uma conversa esclarecedora

522 50 10
                                    


Todos foram até a sala para ficar mais a vontade e se serviram de pizza e continuam conversando amenidades, até que o pai de Arthur pergunta.

_ Então Thomaz, você veio da capital, né? Sente falta de lá? Já que a vida aqui é mais tranquila.

_ De forma alguma sinto falta de lá e aqui tive a oportunidade única de conhecer o Arthur e o Nathanael, tenho amigos que se importam de verdade e pessoas como vocês que me acolheram de uma forma que me sinto fazendo parte de uma família e não trocaria por nada de lá!!!!

_ Entendo, a mãe de Arthur me contou um pouco sobre sua relação com seu pai, mas aqui pode contar conosco em que precisar e isso é sério... o que precisar!!!!! – enfatiza o pai de Arthur. Eu só desejo que seja bom para Arthur, certo?! - fala sério e continua.

_ Ela disse também sobre suas lutas e reparei que você tem algumas cicatrizes, você realmente gosta de lutar ou foi forçado?

_ Eu gosto de artes marciais, tanto que é o esporte que escolhi no colégio, agora quando estava na capital a princípio lutava por raiva de tudo que me acontecia e Vick me acolheu de uma forma que na minha casa não acontecia, mas depois quando quis parar, ele não permitiu, me forçando, ameaçando e chantageando, mas consegui sair, mas cometi um erro aquele dia ao ter voltado lá, me arrependo e não quero nunca mais entrar naquela cúpula novamente. – fala Thomaz pensativo e nem percebe o olhar do pai de Arthur para si.

_ Você então poderia ir algum dia em nosso dojo, praticar um pouco comigo, o que acha?

_ Seria uma honra!!!! – disse Thomaz fazendo uma reverência.

_ E você Nathanael, é mais quietinho, mas tem um olhar bem observador. – fala o pai de Arthur.

_ Eu prefiro, assim me sinto confortável e deste modo conheço melhor as pessoas por suas reações não verbais. – olha significativamente para o pai de Thomaz.

_ Você é um alfa diferente, não consigo identicar corretamente seu feromônio.

_ Verdade Nathanael, estou para te perguntar isso já faz um tempo, você tem Ylang-Ylang, misturado ao seu odor natural, no começo eu achava que você tivesse uma ligação com algum outro ômega, mas acabei percebendo que vinha de você mesmo. – diz Thomaz.

Isso fez Nathanael o olhar surpreso.

_ Você também consegue senti-lo, Thomaz? – pergunta com um sorriso nos lábios.

_ Sim, porque?

_ Bem, esse era o odor dos feromônios da minha mãe e quando ela faleceu, aos meus 10 anos, ele se incorporou ao meu, os médicos acham que era porque tínhamos uma ligação muito forte, mas além do meu pai e Arthur agora, ninguém mais conseguia senti-lo.

O pai de Arthur, os olha com certo fascínio e começa a falar.

_ Vocês não entendem o que está acontecendo, não é? Depois do que observei e escutei sobre vocês três, eu só posso concluir que vocês além de predestinados, tem uma ligação de alma e pelo visto muito forte!!!! – fala o pai de Arthur.

Os três se olharam, sem entender.

_ Estou vendo que vou precisar orientar vocês. Uma ligação de almas é muito mais forte do que ser predestinados. Provavelmente vocês se sintam um pouco confusos, porque é como se já fossem marcados.

_ Arthur eu sei que seu cio ainda não aconteceu e o hut de vocês?

_ O meu já aconteceu e tomei supressores, para controlar. – disse Thomaz.

Nathanael corou, quando o pai de Arthur o olhou.

_ Bem, eu ainda não tive meu hut e sendo sincero, o Arthur é meu primeiro namorado, antes nunca havia beijado ninguém. – fala baixinho Nathanael.

Arthur e Thomaz o olham surpresos.

_ Eu não sabia Nathanael, você também é meu primeiro namorado!!! - diz Arthur acariciando o rosto de Nathanael.

_ Namorar, eu nunca havia namorado, eu sempre fui meio antisocial e poucos ousavam chegar muito próximo, mas já havia beijado alguém. - fala Thomaz abaixando a cabeça.

_ Amor isso não importa, nós juntos agora é o que importa!!! - diz Nathanael, com Arthur segurando sua mão.

_ Entendo, mas vocês alfas, pensam em marcar o Arthur?

_Pai!!!!!!!! – Arthur diz corando muito.

_ Filho esse momento é o melhor para conversar sobre essas coisas e os orientarem, para que as coisas ocorrerem de forma segura.

_ Nós até conversamos sobre isso, porque não sabemos como acontece, por ser 2 alfas e um ômega e acabamos concordando que todos queremos estar ligados pela marca. – esclarece Nathanael.

_ A marca em si, servirá para formar um elo inquebrável, vocês devem se sentir incompletos quando ficam longe um dos outros, não é? Com a marca isso será mais confortável, vocês se sentiram interligados.

_ Mas como... isso acontece? Não sabemos, poderia nos ajudar, não queremos machucar Arthur. – pergunta Thomaz, olhando para Nathanael.

_ Eu vou ajudar... orientar vocês, se é o que desejam.

_ Durante o cio de Arthur, a marca deverá ser feita pelos dois alfas ao mesmo tempo, vocês teram que ter uma sincronia e auto controle muito grande, e por ser durante o cio de um ômega irá estimular o hut de vocês e no caso seu, Nathanael, será bem intenso, seu auto controle deverá ser o maior. Isso deve ser feito para que todos estejam ligados a marca.

_  Arthur, eu tinha 18 e sua mãe 17 anos quando a marquei e não me arrependo nem um pouco, mas com a marca vem as responsabilidades com o outro, é isso que vocês querem, vocês se sentem realmente preparados para isso?

_ Nos iremos nos preparar, já amamos muito o Arthur. – afirma Nathanael.

_ E por favor, sejam responsáveis, não quero ser avô tão cedo hein... - fala o pai de Arthur, rindo alto.

_ Paiiiiiii...

_ Nos nós cuidaremos, queremos que o Arthur esteja feliz... - fala Thomaz, quando Nathanael complementa.

_ E que nossos sonhos sejam concretizados antes de termos um filho!!!! Seremos responsáveis!!!!!

_ E ainda nem conhecemos os outros pais, vamos com calma certo? - finaliza o pai de Arthur.

_ Meu pai está na capital a trabalho e provavelmente chegará hoje a noite e ele quer muito conhecer o Arthur e o Thomaz. – diz Nathanael

_ O que seu pai faz Nathanael?

_ Ele é um renomado investigador...

_ Hum.... Por acaso o nome dele é Yan ?

_ É sim, o senhor o conhece?

_ Na verdade ainda não, já ouvi boas recomendações sobre ele, mas acho que nos conheceremos na segunda, iremos trabalhar juntos, em um caso específico.

_ Que impressionante, como o mundo é pequeno!!!!

Thomaz olha para eles e abaixa a cabeça.

_ Meus pais chegam amanhã, eu ainda não falei com eles sobre o Arthur ou o Nathanael e sendo sincero, acho que no meu caso, será um pouco complicado, já que meu pai é difícil, ele quer controlar minha vida conforme suas convicções e melhor ganho financeiro para as empresas dele, se eu fosse um ômega, garanto que já teria sido vendido.

Todos o olham incrédulos.

_ Seu pai não faria isso. É muito cruel... – diz Arthur choramingando.

_ Além de ser contra a lei, fazemos um trabalho árduo contra esse tipo de prática. – diz o pai de Arthur.

_ Vocês não conhecem Victor, ele é cruel, já cheguei a pensar que não era filho dele, mas minha mãe garante que não sou adotado. – Thomaz dá um sorrisinho forçado.

_ Bem, isso é algo que posso resolver, se vocês concordarem. Podemos marcar um jantar formal de apresentação e já que seu pai gosta de status convidarei algumas pessoas influentes da capital, o que acham? – pergunta o pai de Arthur.

_ Acho que seria perfeito pai!!!! Eu te amo muito, obrigada por nós ajudar!!!! – diz Arthur, abraçando o pai.

_ Venham vocês para um abraço também, eu não mordo. – sorri o pai de Arthur.

E todos ficam abraçados sentindo os feromônios do pai de Arthur.

_ Acho que devemos ir, amanhã teremos aula. – diz Thomaz com a voz embargada e os olhos com lágrimas, mas de felicidade.

_ Sim, já está ficando tarde!!!! – diz Nathanael, também com os olhos marejados.

_ Vou deixar vocês a vontade, preciso fazer uma ligação. E juízo hein... – o pai de Arthur se despede com um sorrisinho e vai até o escritório.

Os três se olham e se abraçam forte, novamente não queriam partir, mas era preciso. Thomaz toma os lábios de Arthur com amor, calmamente tocando-os e sentindo seu sabor ao tocar seus lábios com a língua, enquanto Nathanael beija seu pescoço, dando leves mordidas, que fazem Arthur arfar, jogando a cabeça um pouco para trás, oportunamente Nathanael toca em seus lábios delicadamente com a língua pedindo passagem, ao que Arthur lhe concede e tem a boca explorada por Nathanael. As mãos de Thomaz o tocam por debaixo da camiseta, enquanto sua boca explora seu pescoço com leve sugadas, não com a intensão de deixar marcas e fica com a cabeça em seu pescoço por um momento sentindo o odor de seus feromônios, vindo direto de suas glândulas, o fazendo apertar sua cintura, ele fala rouco em seu ouvido.

_ Você tem um odor tão doce!!!!!  - isso faz Arthur gemer baixinho.

Ao se separar dos lábios de Nathanael, Thomaz já puxa bruscamente Nathanael para um beijo , explorando a boca do outro com desejo, que corresponde a altura. Arthur passa as mãos pelo tórax de ambos, por debaixo das camisetas e deposita pequenos beijos.

Ao se separarem eles se olham intensamente.

_ Eu amo vocês dois!!!! Obrigada por virem a minha casa hoje! – Arthur quebra o silêncio.

_ Nos te amamos também, meu amor. – afirma Nathanael!!!!

E continuam em um abraço, com recheio de Arthur. Eles se levantam e Arthur os leva a porta, trocando um beijo a três como despedida. Ao fechar a porta Arthur suspira profundamente, ele está completa e imensuravelmente apaixonado por esses alfas.

O diário do ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora