Diálogo: mas que diálogo?

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   Estava me olhando no espelho, havia escolhido algo simples, uma calça jeans e uma camiseta verde, que intensificava a cor dos meus olhos, já não estava mais frio, mas mesmo assim coloquei uma blusa leve na bolsa e calcei meus tênis All-star.

_ Tchau mãe, tchau pai, não vou voltar tarde!!!!! – falei e sai.

   Ao chegar no pub, vi uma moto Ducati estacionada do lado de fora, não era comum motos desse tipo nessa província, provávelmente era do Thomaz.

   Entrei e logo vi Thomaz sentado em uma mesa reservada ao canto. Ele se levantou sorrindo e veio em minha direção e me abraçou, ele era tão quentinho, queria ficar naquele abraço, mas fomos nos sentar e ele pediu pra trazerem um suco de morango pra mim, ele se lembrou!!!!!!

   Segurou as minhas mãos em cima da mesa e começou a falar:

_ Arthur, estou tão feliz por poder estar aqui com você... – ele interrompe ao ver Nathanael do lado da nossa mesa.

_ O que você quer aqui? – Fala Thomaz já se levantando e indo pra cima de Nathanael.

   Eu me levanto e fico entre os dois e Thomaz me olha confuso e eu falo.

_ Nós três precisamos conversar e fui eu quem convidou o Nathanael. – disse Arthur.

   Nos sentamos e podia sentir que Thomaz estava com muita raiva.

_ Bem, Thomaz se você puder se acalmar, poderá perceber que nós três temos uma ligação... - sou interrompido por Thomaz.

_ Nem pensar que estou ligado a esse alfa... – grita Thomaz, chamando a atenção dos que estavam no pub.

   Em um impulso, nem pensei direito, peguei na mão dos dois e estava subindo as escadas, só fiz uma menção com a cabeça pro barman, que me jogou uma chave.

   Eu já tinha utilizado um daqueles quartos durante os torneios de natação, quando descansava entre as competições do nosso time do colégio e conhecia o barman, que era um beta, que me entendeu e não queria um escândalo em seu pub.

   Fui por um corredor comprido seguido pelos dois e entramos em um dos quartos, os dois entraram me olhando estranho e fechei a porta a seguir, deixando a chave na porta.

   Olhei pros dois, pedindo pra sentarem no pequeno sofá que havia no quarto e comecei a falar:

_ Agora sim podemos conversar e gritar se quiser. – olhei para Thomaz. Vou começar a falar e não quero ser interrompido. – falei, liberando um pouco de feromônios que estava subjugando ambos e vendo-os de olhos arregalados.

_ Vocês já devem ter percebido que não sou um ômega como os outros. – vejo eles assentirem. Virei para Thomaz e falei.

_ Quando te conheci Thomaz me senti estranho, nunca havia sentido isso antes, seu odor é maravilhoso e senti uma eletricidade entre nós e estava um pouco bêbado, quando me deixei levar e te roubei um beijo. – só vejo Nathanael olhar para Thomaz, que nem desvia os olhos de mim.

_ Agora, quando te conheci Nathanael, foi também estranho, gostei do seu odor e consegui perceber a odor agregado ao seu, fora que tive a impressão que já nos conhecíamos.

_ Conversei com meu pai e ele também acha que algo raro está acontecendo aqui. – Vejo Thomaz me olhando ansioso e Nathanael abrir um sorriso. _ Acho que somos pares predestinados... Nós três!!!! – Thomaz abaixa a cabeça e levando as suas mãos a cabeça, como se tentasse entender.

   Nathanael quis abraçar Thomaz, que o empurra e levantando, fala:

_ Arthur não acredito, não posso aceitar... Você é meu e só meu, não quero te dividir, eu te conheci primeiro... – fala começando a gritar, pra no final abaixar a cabeça e falar choroso.

   Nathanael e eu fomos até ele e nós abraçamos, Thomaz a princípio aceitou o nosso abraço. Thomaz levantou a cabeça e selou nossos lábios, era um beijo calmo, mas logo a sua língua pediu passagem e permiti e o beijo se intensificou e senti suas mãos enlaçarem minha cintura. Estava tão gostoso, ele era tão quentinho e seus feromônios liberados me deixavam excitado. Logo senti Nathanael me abraçar por trás e beijar meu ombro, soltei um gemido dentro da boca de Thomaz. Os feromônios de Nathanael também estavam me deixando tonto, separei meus lábios para tomar fôlego e vejo Nathanael selar os seus lábios aos de Thomaz, em um beijo intenso, enquanto mãos percorriam meu corpo. Estava ficando muito quente, no meio dos dois. Ao se separarem, ofegantes e ao olharmos uns prós outros, vejo em um relance um pequeno brilho dourado se formar nos olhos dos dois... e eles me olham admirados, provavelmente também havia o mesmo brilho em meus olhos... Realmente eles são meus alfas predestinados!!!!

   Mas Thomaz parece sair de um transe e empurra nós dois e olhando pra gente só diz. _ Isso está errado, não pode ser... – E sai do quarto, batendo a porta.

   Desabo no sofá e começo a chorar, uma dor muito grande invade meu peito e minha cabeça começa a doer.

   Nathanael se senta ao meu lado e me abraça, me puxando pro seu colo, aproximando de si e passando a mão nos meus cabelos. Fico ali chorando muito, até me acalmar. Sinto uma mão em meu queixo, fazendo com que eu o encarasse.

_ Vai ficar tudo bem, vamos dar um tempo pra ele, apesar de tudo, estou muito feliz por ter encontrado meus pares predestinados!!!! – fala e me beija calmamente e passa sua mão atrás do meu pescoço, intensificando o beijo e eu correspondo, era um beijo diferente do de Thomaz, mas dá mesma forma gostoso. Sem nem perceber enrosco meus braços em torno do seu pescoço fazendo com que ele me deite, devagar no sofá e deite por cima de mim, de forma a não me machucar e desce beijando meu pescoço, cada beijo muito quente ao tocar minha pele, soltei um soluço junto a um gemido, estávamos ofegando e sentia seu membro já duro roçar no meu, mas Nathanael me olha sério e fala:

_ Seus feromônios são deliciosos, estou tendo que me controlar muito, mas vamos esperar, quero que nossa primeira vez, seja nós três juntos, tudo bem?

   Ele estava certo e eu estava muito triste por causa do recusa de Thomaz e minha cabeça estava doendo, porque será?

_ Certo, vamos embora!!!!

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   Será que Thomaz vai conseguir aceitar os seus pares predestinados? 🤔

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