Um dia tranquilo... antes da chegada de Victor

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_ Vamos tomar banho. – Nathanael, já se levanta indo ao banheiro.

_ Eu não sei se consigo... minhas pernas... estão moles. – diz Arthur, corado de vergonha.

_ Vou te levar, você me deu banho quando eu precisei, agora é sua vez. – disse Thomaz, já pegando Arthur no colo e tendo a sua frente Nathanael, que já adentrando o banheiro foi enchendo a banheira.

Thomaz coloca Arthur delicadamente na banheira e começa a limpa-lo com a esponja, fazendo carinho em seu corpo, enquanto Nathanael foi tomar um banho de ducha mesmo.

Ao terminar o banho de Arthur, Thomaz deixa-o relaxando um pouco e também vai tomar uma ducha com Nathanael, que ainda estava lá. Chegando atrás dele, dá um beijo em seu ombro e segue dando pequenas mordidas, fazendo Nathanael arfar, virando para Thomaz e puxando para si mordendo seus lábios, os lambendo e sugando, fazendo Thomaz gemer, se afastando um pouco para tomar fôlego, ambos se olham com os olhos cheios de desejo.

_ Precisamos nos controlar Thomaz ainda não é hora. – diz Nathanael, ofegante.

Ambos terminam o banho e vão ao encontro de Arthur. Nathanael pega Arthur no colo e o enrola na toalha, deixando-o na cama, enquanto Thomaz pega algumas roupas para se trocarem.

_ Vamos descer para comer alguma coisa. – disse Thomaz.

_ Peraí. – diz Arthur.

_ O que foi Arthur? Ainda não consegue andar?  - questiona Thomaz preocupado.

_ Não é isso. Olhe para você? Seu braço esta praticamente cicatrizado e quase não se vê hematomas no seu corpo. Deu certo a nossa ligação, você está se recuperando!!!!!!!! – diz Arthur todo empolgado.

_ Verdade!!!! – Thomaz abre um imenso sorriso e se virá para abraçar seus amores e assim ficam por um tempo, sentindo os seus feromônios.

Saímos do quarto, vemos os pais de Lucas sentados na sala lendo e encontramos Lucas na cozinha preparando um lanche para nós.

_ Nossa como vocês demoraram e ainda bem que os quartos tem coletores de feromônios né? – fala Lucas com um sorriso debochado.
Arthur cora e logo pergunta, tentando mudar de assunto.

_ O que faremos hoje?

_ Enquanto vocês estavam.... hum... ocupados – diz Lucas olhando pros três com o mesmo sorriso de antes.

_ Bem, eu tomei a liberdade de mandar mensagem para nossos amigos e já organizei um passeio para uma cachoeira próxima daqui e já falei com seus pais Arthur, só não falei com os seus pais Nathanael, porque não tenho contato.

_ Meu pai, Lucas... Minha mãe faleceu quando eu tinha 10 anos, mas tudo bem, ele não está na cidade, está a serviço. – Fala calmamente Nathanael.

_ Há... Desculpa, não sabia, meus sentimentos.

_ Tudo bem, Lucas!!!! O que podemos fazer para ajudar, então?

_ Vamos terminar de comer, organizar nossas coisas e combinei de encontrar nossos amigos na casa do Arthur, que fica no caminho.

E assim o fizeram, os pais de Lucas só observaram a animação dos mais jovens, mas o pai do Lucas, achou estranho a proximidade entre Thomaz, Arthur e Nathanael e os olhares que trocavam.

_ Pai, mãe... Nós já vamos!!!!!
O pai de Lucas chega próximo e o abraça. _ Tomem cuidado!!! – vendo que os outros saíram ele puxa Lucas em um canto e pergunta.

_ Lucas, tem alguma coisa entre seu primo e seus amigos?

Lucas gelou na hora, já imaginando o porque da pergunta, mesmo que seu pai fosse tranquilo sobre relacionamentos, ele sabia que seu tio, o pai de Thomaz não era.

_ Há pai... Vai ser complicado, espero que o tio tenha mudado um pouco, porque senão Thomaz vai sofrer, assim como seus predestinados.

_ Como assim? – o pai de Lucas põe a mão na boca surpreso. _ Predestinados, no plural? O Thomaz tem um ômega e um alfa predestinados? Isso é muito raro de acontecer, mas mesmo assim Victor vai surtar, ele não vai aceitar, ele tem todo um futuro planejado pro filho, um dos motivos de tê-lo afastado da capital.

_ Pai, por favor, não fale nada ao tio, eu estarei do lado deles pro que for necessário, pelo pouco que já presenciei, a ligação deles é forte.

_ Eu não concordo nem com os meios e nem com os pensamentos de Victor, pode contar comigo, só não quero que  Thomaz sofra, ele estava muito perdido, por isso se envolveu com aquela gangue que o acolheu, como sua família não havia feito. Victor só pensa em dinheiro e poder, realmente será complicado, mas não vamos pensar nisso agora, vá se divertir com seus amigos!!!!

Quando Lucas chega no carro, vê que tudo já estava organizado e lá foram eles para o passeio, naquele momento despreocupados, ainda tinha o final de semana até seu tio chegar.

Ao chegar na casa de Arthur, todos já estavam lá, fazendo a maior bagunça, deixando a mãe dele louca.

_ Oi mãe!!!! – Arthur abraça sua mãe, que inevitavelmente percebe o odor dos alfas nele.

Ela o abraça forte e em seu ouvido diz baixinho. _ Vocês se protegeram? – começando a rir, olhando para Thomaz e Nathanael, que ficam sem entender.

_ Mãe!!!!!!!! – exclama Arthur e cora.
Eles pegam mais algumas coisas e continuam a viagem, na van emprestada dos pais da Olívia.
Durante a viagem todos animados, conversando, cantando e fazendo brincadeiras.

Ao chegaram próximo a cachoeira, estacionaram e foram o restante do caminho a pé, que não era muito longe. Todos perceberam que os três estavam muito próximos e não os deixavam em paz.

A cachoeira era maravilhosa, com formações rochosas que formavam piscinas naturais, uma queda d’água e uma outra parte que poderiam escorregar. Tinha também uma área onde se poderia acampar se quisessem.

Todos saíram correndo deixando as coisas pelo caminho e já foram pra dentro da água, porque estava muito calor.

O dia transcorreu entre brincadeiras, risadas, descanso, comilança e conversas. Descobrimos que Matheus estava interessado em Victória e Josh em Olívia. Era engraçado porque eles eram tímidos e quando conversavam entre si, ficavam corados, mas no final saiu ao menos um beijo entre eles, que foi ovacionado por todos nós, mas já estava ficando tarde e precisávamos voltar.

A volta foi mais tranquila, já que estávamos cansados, fiquei sentado no meio de Thomaz e Nathanael, nessa hora todos já sabiam que estávamos juntos e ficamos de mãos dadas e hora ou outra dávamos um selar, estava tão feliz e ninguém percebeu nenhum dos machucados que Thomaz tinha anteriormente, pois estava completando curado.

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