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Por que aquilo tinha que acontecer? Eu me perguntava diversas vezes em minha cabeça tentando conter as lágrimas que insistiam sair de meus olhos.
Bakugou, meu namorado, agora era um vilão? Logo ele que sonhava em ser o herói número um e lutava por isso. Por que agora ele havia se tornado o contrário, o que tinha acontecido?
[Meses antes...]
-Como assim, o que você quer dizer!? -Perguntei me levantando bruscamente da cadeira e batendo as mãos com força na mesa. -Como assim ele desapareceu!?
-Não sabemos ao certo... -Respondeu Aizawa desviando o olhar com uma expressão desconfortável no rosto. -Não sabemos se ele foi levado...ou até mesmo se era isso que ele queria...
-Não ouse dizer isso! -Gritei fechando os punhos com força, não podia acreditar no que estava ouvindo. -Bakugou nunca iria querer ser levado pelos vilões, até porque isso já aconteceu...
-Por isso mesmo estamos tão confusos! -O mais velho retrucou soltando um longo suspiro e se aconchegando mais em sua poltrona. -Ele não resistiu ao ser levado por eles que nem da última vez, entende?
-Mas... -Nenhuma palavra saia da minha boca, não podia acreditar que Katsuki apenas havia concordado em ser levado pela liga dos vilões novamente.
Depois daquilo, tanto eu quando a turma passamos a procurá-lo por todo o lugar, mas foram tentativas falhas, Bakugou não estava em lugar nenhum.
Com o tempo, todos pararam de tentar, afinal sabiam que as tentativas não iriam chegar a lugar algum. Eu, Deku e Kirishima fomos os únicos a persistir, mesmo sabendo que as chances de achá-lo sozinhos eram nulas.
Depois de tantos meses eu finalmente o encontrei novamente, o vi de longe praticando crimes junto aos vilões que ele tanto odiava. Aquilo foi o bastante para que meu mundo caísse, por que ele estava junto daquelas pessoas tão horríveis?
[Atualmente...]
-Então é verdade... -Murmurei baixo olhando para os meus próprios pés, sem coragem de encarar aquele par de olhos avermelhados e intimidadores, que ironicamente me faziam tão feliz antigamente. -Você se juntou a eles...
-Sim... -Ele respondeu simples, como se não se importasse com o que estava acontecendo e nem com meus sentimentos. -Você deve estar se perguntando o por quê...
-Que bom que seu cérebro ainda funciona... -Cruzei meus braços o fitando com uma mistura de desgosto e raiva, o fazendo dar um pequeno sorriso. -Vai, fala logo!
