CAPÍTULO QUARENTA E UM

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— O que será que elas estão fazendo agora?

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— O que será que elas estão fazendo agora?

Jisoo que estava entretida em seu livro, levanta os olhos em minha direção. Ela levanta uma sobrancelha escura e dá de ombros, voltando a sua leitura.

— Talvez transando?

Arregalei os olhos. — Mais é domingo à tarde.

— Pra isso não tem hora, Rosé. — ela fala, com sua atenção focada no livro — Quando o tesão bate, você precisa fazê-lo ir embora e nada como uma boa transa não resolva.

— Talvez elas estejam passeando pela cidade. — dei de ombros.

— Ou talvez estejam dormindo.

Era quase três da tarde. Jisoo e eu viemos até a biblioteca da escola para começarmos o trabalho de química. A maioria das coisas eu entendia e podia muito bem fazer sozinha no meu quarto, mas eu queria a companhia dela.

Tenho uma queda por Kim Jisoo desde que a vi pela primeira vez, quando por força do destino, Jennie me derrubou no refeitório. Era meu primeiro dia.

Lembro que Jisoo apenas revirou os belos par de olhos negros e me ajudou a levantar, depois disso não sei o que rolou, afinal eu saí correndo do lugar.

A última vez que tivemos algum contato foi na jacuzzi, no jogo das meninas, à duas semanas atrás. Jisoo de repente resolveu me enxergar entre tantas garotas, e fico feliz por isso.

Tecnicamente Lisa tem um pouco de culpa nisso, acho que se ela não estivesse ficando com Jennie que por sinal é a melhor amiga de Jisoo, talvez ela não tenha me enxergado.

Obrigada, Lalisa!

— O que são esses símbolos? — Jisoo vira a página na minha direção.

— Está lendo um livro sobre magia negra?

Ela balançou os ombros. — Eu não vou fazer, de qualquer forma.

Meu coração calejou quando ela piscou pra mim. A biblioteca estava praticamente vazia, apenas duas meninas estavam na mesa longe de nós duas e mesmo assim, ambas estavam com fones.

Durante o final de semana, o colégio sempre fica vazio. O fato de eu não poder estar em casa me entristece, mas por sorte, tenho uma bela colega de quarto chamada Hirai Momo que me diverte muito.

Sou da Nova Zelândia e duraria quase trinta horas de vôo para voltar pra casa, então prefiro ir apenas uma vez no mês. De qualquer forma, esse é meu último ano aqui, então quando eu for pra faculdade, tratarei de escolher algo perto de casa.

— Rosé? — Jisoo me chamou e eu a encarei — Você está gostando de alguém no momento?

Pareceu que minha língua havia sido prendida no céu da boca, e não havia como eu formular alguma palavra. Senti meu sangue correr rápido na veia, aquela pergunta me pegou desprevenida.

— Como? — pisquei duas vezes.

Ela fechou o livro, o colocou em cima da mesa e apoiou seus cotovelos. — Estou querendo saber se está gostando de alguém no momento. — tombou a cabeça para o lado — Sei muito bem que prefere garotas do que garotos, e bem... — olhou em volta — garotos não são permitidos aqui.

Senti meu rosto ficar vermelho, dessa vez eu tinha certeza absoluta que poderia desmaiar ou algo do tipo. Será que ela sabia que poderia estar pegando em um ponto fraco meu?

— Acho que deveríamos focar no trabalho, Jisoo. — me levantei, indo até as prateleiras.

Escutei seus passos logo atrás de mim. Entrei em uma ala de livros de química e senti que ela me seguia. Rezei para que as meninas não saíssem da biblioteca, mas pareceu que tudo foi contra mim.

As duas garotas saíram juntas da biblioteca, deixando ainda mais silêncio e meu coração trovejando no peito. Não sei qual a consequência disso, mas às vezes me odeio ao ponto de pensar tanto sobre Kim Jisoo.

Ela é uma Deusa.

A própria Afrodite.

— Por acaso está fugindo de mim? — sua voz é cortante, na ponta da minha orelha.

Meus dedos tremem quando passo sobre os livros na prateleira. — Nã-Não.

— Então porque não responde?

— Não acho que seja algo da sua conta, Jisoo. — digo.

A gargalhada que vem logo em seguida é mortal, enviando arrepios ao meu corpo e esquentando meu centro.

Sou virada bruscamente para ela, me assustando. Jisoo me encurrala entre a prateleira e ela mesma, me prendendo com seu olhar marcante.

— Qual o problema, Roseanne Park?

— Nenhum. — sussurro, engolindo à seco.

— Tem medo de mim? — aproximou seu rosto ainda mais, deixando nossos narizes quase que colados — Tem medo do meu beijo novamente?

Arregalo os olhos. — Jisoo, precisam...

Sou calada por seus lábios grossos e macios. Jisoo me agarra pela cintura, puxando uma das minhas pernas para cima, em seu quadril. Não sou capaz de resistir à tentação, então me agarro nela.

Nossas bocas se movimentam juntas, como uma sincronia perfeita. Tento desesperadamente colar nossos corpos, mas a sensação que parece é que iremos nos fundir a qualquer momento.

Minhas mãos agarram sua blusa, o relevo entre seus seios é satisfatório, então aproveito para apalpá-los. O incêndio dentro de mim parece crescer mais e mais, não há mais como fingir que ela não mexe seriamente comigo.

— Jisoo... — fecho os olhos gemendo quando seus lábios deslizam pelo meu pescoço — oh, Deus!

— Jisoo. — ela sorri contra minha pele — Oh, Jisoo.

Soltando uma risadinha, eu a agarro novamente, juntando nossas bocas e misturando nossos gostos. Jisoo tem gosto de hortelã e café, é uma mistura esquisita, mas ao mesmo tempo saborosa.

Não demora muito para cairmos no chão juntas, ela por cima de mim. Minha saia que estava perto da coxa, agora estava na cintura e Jisoo estava muito bem encaixada lá, mesmo que ainda estivéssemos de roupa.

O barulho da porta da biblioteca abrindo nos assusta, levantamos mais rápido que o flash e nos ajeitamos.

— Tudo bem aqui? — Mina pergunta, com um livro de matemática aberto em mãos.

— Está... sim. — digo com dificuldade.

— O que aconteceu? — Jisoo pergunta, prendendo o fôlego.

— Preciso da sua ajuda para alguns exercícios de matemática, mas posso voltar depoi...

— Não, tudo bem. — Jisoo sorri, me olhando logo em seguida — Rosé e eu já terminamos metade do trabalho. — voltou a encarar sua amiga — Posso te ajudar com isso.

— Certo, até mais Rosé. — Mina sorriu indo na frente.

Fui pega de surpresa quando Jisoo deu um tapa leve e depois apertou minha bunda, sorrindo malicioso e seguindo Mina.

Fiquei incrédula com sua atitude e com uma boa carga de tesão reprimido. Precisava arrumar minhas coisas bem rápido e ir tomar banho. Esperava que Momo também não estivesse no quarto.

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