CAPÍTULO CINQUENTA E SETE

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Playlist do capítulo:
'The Hills' - The Weeknd

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— Jennie, isso não vai ser saudáv...

— CALA BOCA! — gritei, fechando a porta novamente e trancando. Coloquei a chave dentro do meu sutiã e a encarei — Se quiser a chave, venha buscar!

Ela abaixou a cabeça. — Por favor, não complique as coisas pra gent...

— Olha dentro dos meus olhos e diz que não está mais apaixonada por mim! — ordenei, minha voz engrossando como nunca antes — Você não é a fodona? Vamos, diga!

Lalisa negou com a cabeça sem me encarar e foi para o outro canto do quarto, se encolhendo. Minhas lágrimas queriam descer mas eu não as deixaria sair, por sua postura na defensiva, isso seria uma briga das boas.

Parece que meu corpo está louco por isso, ele quer brigar, gritar e discutir com ela. Se bobiar, ele até anseia por bater nela. Lisa terminou comigo de uma forma estranha demais, eu quero saber o que está acontecendo para acabar logo com isso.

— Jennie, por favor... — sussurrou — abra a porta.

— Então fala!

— Mas que porra, não! — disse, quase perdendo a paciência, porém ainda não me encarou — Eu não estou mais apaixonada por você.

Cruzei o quarto, indo até o canto onde ela está. Agarrei ambos braços e a sacudi, fazendo com que ela me encare de uma vez por todas. Quando seus olhos encontraram os meus, havia perturbação demais neles.

Era como se a luz que brilhava ali todas as noites em que estávamos juntas, tivesse evaporado. Seus olhos estavam caídos para serem àqueles olhos apaixonantes demais, ela estava segurando algum fardo que não queria me contar.

— Olha pra mim! — eu falei, segurando seus braços — Se você dizer isso olhando no fundo dos meus olhos, então eu irei acreditar e te deixarei ir, — engoli a dor abaixo — e será pra sempre.

Ela continuou olhando pra mim, com uma ruga na testa. Gostaria nesse momento de ler mentes para saber o que se passa em sua cabeça. Por pelo menos dois minutos ficamos assim, olhando uma para a outra, sem dizer absolutamente nada.

Eu queria que ela falasse ou ao menos respirasse de um jeito diferente, só assim eu poderia revidar da forma que programei na minha cabeça, e pode crer que não seria com paciência.

— Não vai dizer nada? — quebrei o silêncio horrível que nos rodeava.

— Eu vou. — disse baixinho, quase inaudível.

Devido à estarmos perto demais, nossas respirações se misturavam. Senti que meu coração iria pular boca à fora se isso ainda continuasse. Estar tão próxima dela depois de semanas dolorosas, era como dar uma droga à um paciente com abstinência.

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