PRÓLOGO

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— Eu lamento querida, não tem como ajudar você.

— Mas mãe...

— Lalisa, já chega! — meu pai grita furioso — Estou cansado das suas façanhas e fugas noturnas, você só tem dezessete anos, ainda é uma criança!

— Adolescente. — bufo, revirando os olhos.

— Lalisa, por favor. — Mamãe pede, seu tom de voz sai cansado, desgastado, e o pior de tudo é saber que eu ando fazendo isso.

Desgastando-a.

Admito que sou uma garota rebelde e mimada pelos pais, as vantagens de ser filha única. Amo meus pais e morreria por eles, por mais que estejam sempre no meu pé para saber sobre meu futuro na empresa da família.

Não quero gerenciar o negócio deles, quero ser fotógrafa, sair por aí fotografando pessoas e lugares que acho que valem à pena ser vistos, mas essas são as desvantagens de nascer em uma família de classe alta.

Meu pai sempre diz que preciso estar preparada para assumir o negócio da família, mas o que ele esquece é que sou uma garota com típicos sonhos americanos. Não quero estudar administração de empresas grandes por anos a fio, e passar o resto da minha vida atrás da cadeira dos Manoban.

Quero ser como um pássaro, totalmente livre, e é por isso que sempre estou fugindo durante à noite. Não vou à bares ou fumar com minhas amigas, eu apenas vou até o parque, deito na grama e observo o céu noturno.

Sempre foi assim.

Mas justo hoje, eu fui pega antes de conseguir sair. Acabei sendo encurralada por meus pais assim que abri a janela do meu quarto, e agora, meu pai deve me achar algum tipo de aberração noturna, que precisa sair pra respirar.

Talvez eu realmente precise, mas...

Pai, eu acho que o senh...

— Lalisa Madelayne Manoban, isso vai acabar. — ele respira fundo. Seus olhos transmitem irritação e descontentamento, mas também há decepção e isso dói — Você deveria estar pensando sobre seu futuro, sua carreira, e não fugindo todos os dias para olhar o que Deus sabe o que.

— Não é todas as noites, pai. — minto, encolhendo os ombros.

Papai aperta os olhos e solta um suspiro profundo, mamãe continua me olhando com um olhar triste, que faz meu coração se partir em mil pedacinhos.

Sei que não sou perfeita, que não sou como eles querem que eu seja, mas vê-los assim comigo, me faz sentir raiva de mim mesma, por ter esse jeito temperamental e livre demais.

— Pai, eu...

— Você vai para um colégio interno. — ele fala.

Meu coração quase sai pela boca, meus olhos se arregalam de uma forma, que não consigo evitar.

— Co-colégio... inter-terno? — caio para trás, sentada em minha cama.

— Marcos? — mamãe arregala os olhos, nervosa — Que história é essa?

— Exatamente o que você ouviu, Stella. — ele fala — Lalisa vai para um colégio interno em Londres. Estou cansado de tentar fazê-la entender que a vida não é apenas o céu estrelado que ela observa.

Eu continuo em choque, parece que perdi minha alma e fui ao inferno. Isso não podia estar acontecendo comigo, eu iria ser mandada para outro país apenas por querer ser um pouco mais livre?

Inacreditável.

— Papai, por favor... não faz isso. — engoli à seco.

— Você não me dá escolha, Lalisa. — respira fundo — Acha que não está sendo difícil para eu e sua mãe? mandarmos nossa única filha para outro país, apenas para que ela veja um pouco mais da perspectiva de vida?

Senti o choro formar em minha garganta, mas eu não iria fazer isso na frente deles. Engoli abaixo o choro que se formou, e apertei as mãos em punhos no lençol.

— Vai enviar à um lugar totalmente estranho, apenas para que eu volte como a garota que cuidará dos negócios e que seguirá regras? — sorri sem humor — Tudo bem então pai, vamos ver se isso acontece.

— Vai enviar à um lugar totalmente estranho, apenas para que eu volte como a garota que cuidará dos negócios e que seguirá regras? — sorri sem humor — Tudo bem então pai, vamos ver se isso acontece

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