CAPÍTULO VINTE E DOIS

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— Podemos conversar um pouco?

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— Podemos conversar um pouco?

— É claro. — eu sorri.

Dava pra perceber que ela estava um pouco desconfortável e meio indecisa no que dizer ou agir. Eu não era boa em tomar o controle toda vez, mas por Lisa, eu faria isso.

Eu sei muito bem que habita uma selvagem dentro dela pronta pra ser acordada, mas nem ela mesma havia percebido isso. Sou a pessoa que vai mostrar aos poucos isso tudo. E ela vai gostar.

Lalisa Madelayne Manoban tem uma boa pegada, eu pude perceber quando ela me prensou contra a parede no colégio, senti quando suas mãos estavam em minha cintura. Ali, ela era a Lisa que deveria ser.

Uma garota confiante, capaz de quebrar o mundo com seu olhar afiado de menina, mas nesse momento ela parecia mais um bichinho acuado, esperando o seu abate.

— Ei, você não precisa ficar desconfortável comigo, ok? — peguei sua mão por cima da mesa e entrelacei meus dedos nos seus.

— Desculpa, não é que eu não esteja gostando, é que...

— Eu sei, é seu primeiro encontro com uma garota.

— Na verdade.... — ela mordeu o lábio inferior — , é o meu primeiro encontro.

— Sério? — me surpreendi e ela acenou em positivo — Mas e os outros encontros com garotos nos Estados Unidos?

Encolheu os ombros. — Não aconteceu. — sorriu triste — Eu menti, não queria ser a boba que nunca saiu com alguém.

Meu coração parecia fogos de artifício de tanta explosão que senti, isso era como uma bela canção em meus ouvidos. Agora mais do que antes, eu queria fazer com que esse encontro, fosse perfeito ao extremo.

— Você...

— Sim, eu já beijei alguns caras, mas foram na escola antiga, — fez uma breve careta — nada demais.

Fiz um biquinho. — Eu adoraria tirar seu bv, que saco!

Lisa gargalhou. — Bom, pelo menos eu não vou babar você ou arrancar sua boca fora.

Minha mente novamente me levou em lugares que eu não deveria. Imaginei Lisa me babando inteira, mas não na boca, obviamente. Imaginei também ela mordendo minha pele, deixando suas marcas em mim.

Nunca fui muito fã desses assuntos de BDSM, mas se Lisa quisesse me algemar, eu não iria ser contra isso.

— Você pode fazer tudo isso, mas não na boca. — ofereci meu sorriso sexy pra ela, que sorriu também, abaixando a cabeça.

— Você não existe, Jennie Ruby Kim. — disse — Me conte um pouco mais sobre você, o porquê de vir parar aqui.

— Basicamente meus pais não gostam de ter uma filha homossexual, ou não gostam de ter uma filha. — dei de ombros, encostando na cadeira — Eles não ligam muito pra mim.

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