CAPÍTULO TRINTA E CINCO

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Acordei com a claridade no meu rosto, Londres estava com sol mas a temperatura continuava baixa

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Acordei com a claridade no meu rosto, Londres estava com sol mas a temperatura continuava baixa. Me espreguiçei afim de encontrar Jennie ao meu lado, já que na noite passada dormimos abraçadas, mas seu lugar estava vazio.

O despertador em sua cômoda marcava quase dez da manhã, com isso, dei um pulo da cama e fui fazer minhas higienes pessoais matinais.

Depois de algum tempo já de banho tomado, optei por colocar uma calça jeans, uma blusa escura de mangas compridas e um tênis. Desci para encontrar Jennie, mas quando a vi, desejei não ter descido.

Seus pais estavam junto dela tomando café na mesa, havia bastante coisa para comer e beber, mas o silêncio se estendia por lá. Engoli à seco, quando os olhares dos pais de Jennie caíram sobre mim.

— Lisa. — Jennie se levantou da cadeira e me trouxe ao lugar na mesa, ao seu lado — Esses são meus pais, Math e Lena Kim.

Eu sorri. — Prazer em conhecê-los, senhores.

Lena foi a primeira a me comprimentar com um sorriso dócil, ela não parecia estar forçando, muito pelo contrário. Seus olhos transmitiam algo como "tristeza" ou "medo", não entendi muito bem, mas também resolvi ficar quieta.

— Seja bem-vinda, Lisa. — ela disse — Espero que tenha passado a noite bem.

— Sim, nós assistimos um filme e logo depois dormimos. — eu falei, me sentando ao lado de Jennie — Obrigada pelo conforto.

— É americana, Lalisa? — Math perguntou, pela primeira vez na mesa.

Respirei fundo. — Sim, senhor.

O pai de Jennie me observou atentamente, como se procurasse algum vestígio de mentira em meu rosto. De acordo com Jennie, éramos apenas amigas, então eu iria levar essa história até o fim.

Se meus pais soubessem pela boca dos pais dela, que poderíamos estar saindo juntas, isso com certeza poderia acabar mal. Definitivamente meu pai viria até Londres para me levar de volta para a América e me trancar no quarto.

— Bem, espero que não façam nenhuma besteira esse final de semana. — ele disse, abrindo seu jornal.

Jennie revirou os olhos. — Pai, eu só vim para casa pela festa do meu irmão, se não, eu nem voltaria pra casa.

— Deveria ter ficado no colégio, então.

Senti a pontada em meu estômago e não foi nem dirigido à mim. Agarrei a mão de Jennie por baixo da mesa, demonstrando que eu estava ali com ela para o que for preciso.

A mãe de Jennie apertou os olhos pela forma rude que Math falou com sua filha, ela parecia ser uma boa mulher e também aparentava estar esgotada pela forma como o marido agia.

— Era só ter ligado e dito para eu ficar por lá, — ela respondeu sorrindo sem emoção — me pouparia olhar para você hoje.

O olhar no rosto de Math para Jennie, me fez querer correr dali. Ele era tão ruim assim com ela? Ele a odiava? Isso é tão desumano. Meu pai nunca me dirigiu um olhar feio como esse, nunca!

— Não me teste, Jennie Ruby Kim. — ele rosnou — Ainda sou seu pai.

— Então aja como um pai, — ela se levantou enfurecida — às vezes, eu preferia morrer à ter um pai como você! — saiu em disparado.

— Com licença. — eu disse, me levantando e indo atrás dela.

[ • • • ]

— Jennie, espera! — gritei, correndo atrás dela na rua.

— Ele é tão idiota! — ela vociferou quando parei em sua frente.

Abracei-a, confortando. Eu estava começando a entender o real motivo dela ter esse jeito arredio de ser com as garotas, a frustração de casa fazia com que ela descontasse toda a sua merda na escola, com pessoas que não tinham nada a ver com isso.

Jennie me apertou forte contra si, colocando o rosto em meu pescoço. Ela não iria chorar ali na frente de todo mundo, mas por dentro, ela estava se despedaçando aos poucos.

A brisa fria de Londres correu sobre nós, senti os pelos da minha nuca se arrepiando quando Jennie beijou a pintinha em meu pescoço e depois minha bochecha. Era uma forma dela agradecer em silêncio.

— Você estar aqui comigo me ajuda muito.

Sorri. — Vamos dar uma volta? Tem algum shopping por aqui?

— Tem sim. — soltou uma risada gostosa — Que tal sorvete?

Fiz uma careta. — Está frio.

— Pelo que eu saiba, NY também é frio. — torceu o nariz.

— Oh, mas aqui é demais. — juntei nossas mãos e começamos a caminhar lado a lado — Acho que eu deveria voltar para a América! — brinquei.

— Você nem diga algo assim novamente, uh. — me repreendeu, logo depois soltando um lindo sorriso que fazia seus olhos fecharem — Quero você aqui em Londres... — me encarou — , comigo!

— Me faça ficar então. — provoquei-a.

Ela me olhou de uma forma sexy. — Eu farei, você pode ter certeza absoluta disso.

 — Eu farei, você pode ter certeza absoluta disso

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