— Surpresa!
— Que isso? — peguei a caixa de suas mãos.
— Chegou pra você. — Ryujin deu de ombros, indo até a cozinha e abrindo um saquinho de salgadinhos.
— Não estou esperando encomenda, que estranho.
Já havia passado dois dias que confrontei Jennie e sua birra comigo, ela não havia dito mais nada, muito menos olhado pra mim. Esperava que viesse alguma retaliação, mas isso não aconteceu.
Quando Jennie foi chamada a diretoria no mesmo dia, eu sabia que algo havia acontecido, ela não voltou para as aulas e nem apareceu ontem. Esperava que desse as caras hoje, para saber o porquê dela agir estranhamente.
Eu não sabia porque me importava tanto se ela estava bem ou mal, não entendia essa necessidade de mergulhar em seus pensamentos. Era estranho, mas eu não sabia controlar.
Abri a caixa rasgando o lacre que estava por cima e quando a abri, encontrei um par de saltos da Chanel. Mamãe gosta de Chanel, eu não.
— Tem uma carta. — Ryujin falou.
Abri a carta e não consegui ler muita coisa, já sentia meus olhos lotados de lágrimas. Tentei segurá-las mas foi em vão, elas escorreram mesmo assim.
Não chorei pelos saltos, porque pouco me importava com eles, mas sim com as palavras doces da minha mãe. Ela dizia que a casa parecia vazia sem mim, que meu quarto parecia morto, mas tudo continuava em seu devido lugar, até meus pôsteres.
— Vai ficar tudo bem, Lisa.
— Sinto falta de casa. — funguei.
— Está recente demais, é normal.
Queria que ficasse tudo bem, mas a saudade da minha casa, do meu gato, dos meus pais e dos nossos empregados era enorme. Também tinha alguns amigos próximos, que eu amava conversar. Tudo isso me lembrou épocas boas da minha vida.
— Que tal se caminharmos um pouco antes da aula começar?
— Seria legal.
Seulgi estava no dormitório de Irene, então havia apenas eu e Ryujin. Ela estava se mostrando uma ótima companheira de dormitório e uma bela amiga. Desde que cheguei à quase quatro dias, consegui fazer algumas amizades com meninas bem legais, mas algo me fazia voltar a estava zero com Jennie Ruby Kim.
Os sapatos que minha mãe me enviou não faziam meu estilo, então isso seria um pretexto para falar com ela, saber o que aconteceu. Eu queria não me importar, mas infelizmente meu coração é enorme, e eu me preocupo muito.
— Espera, Ryujin! — agarrei o braço dela, que me olhou assustada.
— Oi?
— Eu... eu preciso fazer uma coisa antes, — mordeu o lábio inferior — que tal se formos mais tarde?
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SCHOOL FOR GIRLS
FanfictionQuando Lalisa é mandada ao colégio interno para garotas em Londres graças a mais uma de suas tentativas de fuga de casa, ela se vê presa à um universo totalmente rodeado de rosa, glitter e muito batom. Lalisa não imaginava que estaria caindo em uma...