AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
Estou tentando segurar minha respiração Deixe isso ficar assim, não posso deixar esse momento acabar Você colocou um sonho em mim Está ficando mais alto agora, consegue ouvir isso ecoando? Pegue minha mão, você vai compartilhar isso comigo?
Loren Allred | Never Enough
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03 de Junho de 2020, Washington D.C, EUA 03:05 p.m.
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— Bailarina? — Ouço ele chamar, mas minha mente ainda está repassando suas palavras anteriores. — Merda, desculpa se fui rude ou...
— Não. — Impeço que continue. — Eu que devo pedir desculpas, acabei agindo de forma imatura.
— Acho que mereci após ter jogado aquela bomba em cima de você.
Sua voz rouca sempre deixa minhas pernas bambas e, nesse momento, agradeço por estar sentada no sofá.
— Realmente me pegou de surpresa. — Cravo os dentes no lábio inferior, deixo um suspiro escapar e as próximas palavras saem como um sopro. — Bom, acho que se passaram quase dois meses desde que revelei sobre as consultas, e quando chegava nesses dias específicos, você nunca perguntava sobre... Por que agora?
— Não sei. — A resposta é simples e direta, consigo sentir a sinceridade por trás dela. — Quando acordei hoje me questionei: Será que a bailarina me deixaria ir na consulta com ela?. Tenho em mente que não posso entrar, mas gostaria de estar ao seu lado. Estava esperando você declarar sua vontade de me bater, mas até agora parece estar aceitando muito bem. — Seu tom descontraído despertou um sorriso nos meus lábios. — Imagino que deve ser difícil enfrentar isso sozinha, quer dizer, além da sua amiga te acompanhando.
— Por que achou que eu iria te bater?
Sinto-me como se fosse uma criança na fase das perguntas sobre tudo existente ao seu redor.
— Porque deve ser um saco ter mais alguém perguntando sobre as consultas?
— Isso foi uma resposta ou pergunta? — Reprimo um sorriso enquanto aguardo sua resposta.
— Bailarina — diz frustrado e, dessa vez, não consigo impedir o largo sorriso de despontar na minha face.
— Você está certo... — acabo divagando, a hesitação e medo caminhando juntas entre as minhas emoções como se fossem melhores amigas. — Apenas conto tudo para a Heather porque ela marcou as consultas, e tem estado do meu lado nesse caminho difícil. Não sei o que seria de mim sem a sua ajuda nesses momentos delicados, por assim dizer.
