AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
Eu nunca vou sair do seu lado Meu amor Ficar bem ao seu lado é suficiente Conte comigo se sentir alguma dor Ligue para mim, eu vou correr para você de novo
David Guetta & SIA | Let's Love
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04 de Junho de 2020, algum lugar perto de Washington D.C, EUA 06:30p.m.
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Cameron não disse nada após o beijo. Essa afirmação poderia tornar-se convincente o bastante para despertar a paz de seu estado adormecido caso eu não estivesse sentindo-me agoniada. No entanto, não consigo parar de pensar nas suas ações após nos afastarmos. Ele simplesmente retomou o caminho para Washington como se nada tivesse acontecido.
Você gostaria de ouvir ele dizer que foi um erro? — ironiza a consciência.
Calada!
Um longo suspiro escapou por meus lábios, encosto a cabeça na janela e limito-me a observar o tráfego; creio que estamos perto de Washington, e infelizmente voltaremos para a vida real. Ao deixarmos a cidade para trás, consequentemente os nossos problemas ficaram aprisionados em cada metro quadrado existente — por mais que no início da viagem eu tenha agido de maneira imatura. Mais um suspiro escapa e, dessa vez, um certo par de íris intensas perfuram a lateral da minha cabeça durante alguns segundos antes de desviarem-se.
E se eu tentar puxar assunto? Indago em pensamento, um segundo depois desisto de tal ideia. Merda, estou agindo como uma tola, todavia seguirei o caminho do silêncio, pois não quero dizer alguma coisa errada e isso acabar estragando o "momento". Ainda consigo sentir os lábios sensíveis após aquele beijo cálido. Caramba! Entre pensar e realizar aquela vontade quase insana de receber um beijo dele, nada me preparou para a realidade.
Ergo a mão para pressionar os olhos, esse gesto parece despertar o cansaço na qual estava sentindo antes do violinista relatar sobre o seu passado. Pelo canto do olho, o observo minuciosamente, ele parece quase em paz.
Interessante.
— Não vai falar nada, bailarina? — questionou subitamente.
Meu corpo agiu de maneira espontânea devido ao susto e quase acertei o topo da cabeça no teto.
— Não — consigo responder quando estou mais calma.
