Capítulo • 15

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E é tudo diversão e jogos até
que alguém se apaixone
Mas você já comprou um bilhete e
não há como voltar atrás agora
Rodando e rodando como um
cavalo em um carrossel
Nós vamos, eu vou alcançar o amor?

Melanie Martinez | Carousel

07 de Abril de 2020, Washington D

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07 de Abril de 2020, Washington D.C, EUA
12:45 p.m

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Talvez esteja enxergando coisas, mas o violinista parece estranho após ter lhe revelado que iria me mudar para Nova Iorque, caso conseguisse passar nessa audição. No entanto, esse não é o motivo cujo qual deixou-me confusa, simplesmente não consigo acreditar no que está acontecendo entre nós.

Quando ele apareceu no ginásio e fez o convite para lhe acompanhar até a lanchonete, o choque surgiu entre as minhas emoções. Devo ter ficado o encarando como se houvesse me chamado para cometermos alguma loucura.

Essa mudança, parece surreal, como se um novo Cameron houvesse tomado seu lugar. Contudo, não sou boba ou ingênua, ainda sinto receio a cada vez que ele abre a boca. Receio do ogro surgir em seu lugar.

— Está tudo bem?

— Sim. — Balança a cabeça, sua mandíbula tensiona e meus olhos recaem em seus lábios.

Tenho que parar de desejá-lo a cada minuto que o encaro. Não sou assim, mas não consigo ignorar certos pensamentos que levam-me a imaginar como seria receber um beijo dele.

Desvio o olhar rápido, observo a rua movimentada. Pelo canto do olho, noto ele me encarando, isso faz as malditas borboletas surgirem na minha barriga mais uma vez.

— Como estão suas irmãs? — questiono de repente, ao encará-lo novamente.

— Estão bem. — Sua testa se franze, antes que continue. — Infelizmente ontem Amara teve febre.

Oh! Ela está bem? — Lembro-me da pequena, tão tímida, pensando se deveria ou não confiar em mim.

— Sim, foi apenas um susto. Odeio quando isso acontece, sempre tenho medo de alguma delas parar no hospital.

Essa preocupação aquece meu coração, tendo em vista que se alguém desconhecido lhe observar rapidamente sequer conseguirá imaginar a suavidade que se esconde por baixo dessa fachada de bad boy a cada vez que refere-se às irmãs.

— É normal. Posso não ter filhos, mas sou tia de muitas crianças. — Meus lábios se curvam ao lembrar-me da quantidade de herdeiros até o presente momento. — Não suporto vê-los doentes, meu coração se aperta.

— Você é uma McDemott, sua família é muito grande. Imagino... — declara, sinto o coração parar por alguns segundos. Ante meu choque, ele completa: — Descobri isso no dia que te levei para casa após o ataque de pânico. Você tem muitas fotos deles, inclusive dos seus sobrinhos. Acabei reconhecendo um dos seus irmãos, Diogo, quando passou na televisão o acidente dele há dois anos. Foi uma surpresa para mim, nunca fui uma pessoa de acompanhar com afinco notícias sobre pessoas ricas. Acho uma perda de tempo.

Aceitando um novo Amor (03)Onde histórias criam vida. Descubra agora