AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
Quando o sol brilhar, nós brilharemos juntos Te disse que estaria aqui para sempre Disse que sempre seria sua amiga E o que eu jurei eu vou cumprir até o fim Agora que está chovendo mais do que nunca Saiba que ainda teremos um ao outro Você pode ficar debaixo do meu guarda-chuva
Ember Island | Umbrella
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18 de Março de 2020, Washington D.C, EUA 07:20 p.m.
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Recosto a cabeça contra os joelhos enquanto observo através da janela do apartamento. Em frente ao prédio tem um grande parque, às vezes pela manhã gosto de correr nele. Contudo, nesse momento apenas observo alguns casais passearem de mãos dadas.
Suspiro ao virar de costas para a janela, tenho que parar de me torturar dessa maneira. Ergo a cabeça e a encosto contra o vidro fechando os olhos. Quando cheguei do ginásio, tomei um banho frio para amortecer a dor nos músculos que foram usados até a exaustão.
A fome ainda não me fez sua refém, então simplesmente saí do banho com um pijama confortável com pequenos corações, que consiste em uma calça rosa e uma blusa branca com os corações na mesma cor rosa — bem infantil, mas sou fascinada por roupas confortáveis e fofas —, e sentei no chão.
Sem ao menos conseguir controlar, meus pensamentos seguem em direção ao encontro com aquele ogro. Seus olhos azuis parecem assombrar - me juntamente com o leve curvar dos seus belos lábios.
— Merda! Você é tão boba por pensar nele.
Repreendo - me e solto um gemido inconformado enquanto bato de leve a cabeça contra a janela. Acabo despertando desses pensamentos revoltados com o toque do celular. Com um suspiro levanto do chão, caminho até a estante onde o deixei carregando. Ao ver o nome no identificador de chamadas reviro os olhos.
— Só falta a Mia ligar também — falo ao atender.
— Ela nem me diz Oi — diz Dominic, dramaticamente. — Princesa, a Thea deixou de me amar!
— Santo drama — provoco. — Você não deveria estar aproveitando a lua de mel?
— Está mais para lua cheia, cheia da minha família — resmunga, mas noto o amor em sua voz ao se referir a sua família. — Parece uma viagem de família, não estamos nem...
— Não ouse terminar essa frase, Dominic! — grito. — Isso não é algo que se compartilhe com os irmãos.
Ao fundo consigo ouvir minha cunhada gritando com ele.
— Você não me deixou terminar. — Solta uma risada. — Amor, para de me bater — continua a falar entre risadas, a chamada fica abafada por alguns segundos. — Que horror, nem me deixam terminar de falar. Eu ia dizer que quase não estamos saindo pois está frio demais para as crianças. Sou tão inocente no meio dessas mentes poluídas.
