AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
Eu só preciso de algum tempo, estou tentando pensar direito Eu só preciso de um momento no meu próprio espaço Me perguntam como estou indo, eu digo: Estou bem Sim, mas não é isso que todos nós dizemos?
NF | If You Want Love
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18 de Março de 2020, Washington D.C, EUA 03:00 a.m.
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— Você é fraca, Thea — debochou. — Uma inútil. Como pode ser uma McDemott?
— Por que você está fazendo isso comigo? — Funguei, as lágrimas escorreram pelas minhas bochechas.
— Porque é divertido. — Sorriu. — Você é tão ingênua.
— Você é um idiota — murmurei, sem forças para expressar toda minha raiva.
— Eu? Um idiota? — rosnou, com poucos passos chegou até mim e segurou meus braços com força. — Você que é uma inútil! — gritou enquanto sacudia meu corpo, os olhos se fecharam ante a vergonha e dor por suas palavras. — Você não é nada!
Meus olhos se abrem ante o pesadelo, que infelizmente é uma lembrança dolorosa do que as palavras do Devon fizeram ao traçarem seu caminho para dentro de mim, rastejando pelo corpo até se acomodar em meu coração e cérebro, ditando as minhas ações a seguir.
Ele não voltou para Nova Iorque tão rápido, igual havia ouvido naquele dia enquanto conversava com seus amigos após cumprir sua estúpida aposta, pelo contrário, me procurou e assim começou a violência psicológica e física, até se cansar e ir embora. Deixando para trás apenas a casca da menina inocente que teve o prazer de destruir.
Não sinto o ar chegar suficientemente aos pulmões quando as palavras do pesadelo começam a ecoar na minha cabeça. Mais um ataque de pânico. Sento na cama e abraço as pernas, meu corpo se balança para frente e para trás, como uma criança em busca de consolo para fugir do "bicho papão" que assombra seus sonhos.
— Eu não sou fraca — sussurro. — Eu não sou fraca — começo a repetir como um mantra enquanto tento trazer o ar para meus pulmões.
Não sei ao certo quanto tempo fico nessa mesma posição repetindo essa frase. Quando tenho um pouco mais de controle do meu corpo tento levantar da cama. As pernas estão instáveis, mas consigo chegar até o banheiro e apoiar as mãos na pia. A mulher refletida no espelho parece zombar de mim, ligo a torneira e pego um pouco de água para lavar o rosto. Ao erguer a cabeça mais uma vez encontro um par de olhos azuis me encarando com força, como se estivesse tentando passar uma mensagem.
