Capítulo • 20

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Irmão, me deixe ser seu abrigo
Nunca o deixarei sozinho
Eu posso ser aquele aquele que você pode ligar
Quando você estiver para baixo
Irmão, me deixe ser sua fortaleza
Quando os ventos noturnos estiverem impelindo
Ser aquele a iluminar o caminho
Te trazer para casa

Needtobreathe | Brother

20 de Abril de 2020, Washington D

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20 de Abril de 2020, Washington D.C, EUA

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Os dias tem se passado de maneira rápida ou talvez seja minha mente pregando peças. Depois daquela estranha noite, onde Cameron iniciou as aulas de violino, algo a mais mudou entre nós. Mesmo após finalizar a música, ele não pediu desculpas ou pareceu notar que havia dito minha garota.

A nossa amizade também parece ter evoluído. Se alguma pessoa nos observar de fora irá imaginar que nos conhecemos há anos, e não apenas um mês e alguns dias se for considerar desde a primeira vez que nos vimos. Algo está muito estranho.

O seu lado idiota por muitas vezes surge das profundezas de sua alma atormentada quando faço alguma pergunta que parece o atingir fisicamente, e o lado atencioso simplesmente não desapareceu desde que iniciamos essa amizade.

As aulas de violino ocorreram quase todos os dias — talvez eu não tenha evoluído como esperava desde a primeira aula —, menos nos dias de consulta com a psicóloga. Isso também é algo que mudou, e dessa vez positivamente. Semana passada em meio ao medo percorrendo minhas veias e mãos trêmulas, consegui contar para Phoebe o que aconteceu comigo dois anos atrás.

Quando terminei de falar parecia que um peso enorme havia sido retirado dos meus ombros naquele momento. Ao erguer a cabeça e conseguir notar o orgulho presente nos olhos de Phoebe, as lágrimas vieram com mais intensidade. Eu estava começando a experimentar um gosto do que era se sentir liberta das correntes que sufocavam minha alma.

— Thea?! — Ouço chamarem, e um toque no braço desperta minha atenção.

— Oi. — Ao virar a cabeça noto Liah encarando-me com certa preocupação. — Estou bem.

— Estava pensando no seu irmão?

Inspiro e solto o ar lentamente após ela citar Jonathan, meus olhos se desviam para analisar ao nosso redor mais uma vez. Tento não me sentir como um peixinho fora d'água ao ver tantas mulheres em diferentes estágios da gestação; algumas sozinhas outras acompanhadas pelo que imagino ser o pai da criança. Estamos esperando a enfermeira chamar o nome da Liah, e a cada vez que encaro discretamente essas grávidas sinto um arrepio de medo ao lembrar do que Angel e Safira passaram na hora do parto. Um dia sonho em ter meus próprios filhos, mas por enquanto apenas serei aquela tia que ama mimar os sobrinhos.

Às vezes brinco que os McDemott's poderiam povoar uma pequena cidade, apenas dois irmãos iniciaram a segunda geração da família, e a contagem chegou a oito herdeiros até o presente momento. Desconfio que Dominic e Angel estão planejando ter mais um filho, e se isso acontecer até imagino dona Eleonor soltando fogos. Minha mãe é completamente apaixonada por seus netos.

Aceitando um novo Amor (03)Onde histórias criam vida. Descubra agora