AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
Essa é você, esse sou eu, isso é tudo que precisamos É verdade? Minha fé está abalada, mas eu ainda acredito Essa é você, esse sou eu, isso é tudo que precisamos Então, você não vai ficar um pouco? E me abrace enquanto você espera Queria ser bom o bastante
Lewis Capaldi | Hold Me While You Wait
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08 de Abril de 2020, Washington D.C, EUA 09:00 p.m.
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— Você veio essa hora apenas para ver a Amara?!
— Sim. — Ela desvia o olhar e sei que está mentindo. — Fiquei preocupada com ela ontem.
— Está mentindo de novo. Não pela parte de se preocupar, mas o motivo de vir até aqui.
— O ogro irá aparecer agora? — retruca, petulante.
— De tanto você o citar, uma hora ele aparece, bailarina. — Observo seu perfil, ela parece tensa. Algo a atormenta. — O que aconteceu? — questiono suavemente.
— Não posso falar — murmura. — Ainda não. Eu só... — Suspira, sua mão se ergue para pressionar os olhos. — Estava me sentindo sufocada naquele apartamento. Queria sair, mas não sabia para onde ir, sem perceber acabei vindo parar na rua da sua casa. Não esqueci das palavras de Lúcia quando disse que o irmão das meninas morava na casa ao lado. — As belas íris recaem sobre mim, ao notar que estou a observando abertamente ela desvia o olhar. Linda. — Antes de saber que você era o irmão delas.
— Então você bateu na minha porta seguindo sua sorte? Tem duas casas, bailarina. Uma de cada lado da casa de Lúcia. — Cruzo os braços e arqueio uma sobrancelha.
Tentei parecer sério, mas uma risada escapou por meus lábios e Thea se rendeu ao momento descontraído.
— Muito engraçado, sua moto estava estacionada na frente. E é meio difícil não notar uma Harley Davidson Iron de longe. — Movimenta os ombros, entediada. — Não posso deixar de citar que sua casa não tem muro igual a outra, por isso consegui ver a moto.
— O quê?!
Meus olhos se arregalam devido ao choque por ela saber a marca da moto. Sinto certo orgulho ao pensar que a restaurei depois do antigo dono sofrer um acidente e ela estar quase totalmente destruída quando a vendeu para oficina. Na época Bryan e seu pai conspiraram pelas minhas costas, enquanto trabalhava nela mal sabia que estava concertando minha moto. Fui pego de surpresa no momento que informei que havia terminado e Bryan — que estava ao lado de seu pai — apenas jogou a chave e disse: É sua. Eu tinha apenas vinte três anos, me senti a porra do homem mais sortudo, aquela moto se tornou minha paixão em questão de dias. No entanto, tenho em mente que preciso arranjar um carro por causa das meninas.
