AVISO: Não desisti da história, porém não tenho previsão de quando irei postar novos capítulos.
•| Irmãos McDemott - Livro 3
➜ +16 • A história aborda violência (física e psicológica), ataque de pânico, crise de ansiedade e palavras de baixo calão...
E eu sei que respiramos, mas não vivemos Realmente, é assim que queremos morrer? Até que você ter tudo engarrafado dentro Se ao menos eles soubessem o que se passa em nossas mentes
NF | Lost In the Moment
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26 de Junho de 2020, Washington D.C, EUA 5:45 p.m.
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— Hum... — hesito, suas íris escuras se preenchem de compreensão. Ela apenas está respeitando o meu tempo, como sempre. — Sinto que algo ruim está para acontecer.
As sobrancelhas finas e bem feitas arquearam-se ante minha confissão inesperada. Um segundo depois Phoebe oculta essa reação e aguarda que eu continue, diante do silêncio seus lábios entreabertos deixam escapar algumas perguntas.
— Sente que isso pode estar ligado ao seu trauma? Ou essa sensação vem de outra origem? — Ergue a mão para afastar uma mecha de cabelo que escapou de seu coque e a coloca atrás da orelha.
— Não sei — respondo, sincera. — Essa noite não fui atormentada por um pesadelo como da outra vez antes da destruição no ginásio. Acordei com essa sensação, um sentimento ruim. Ele pode estar ligado a mim ou não. Estou confusa.
Cravo os olhos nas minhas mãos entrelaçadas, os dedos atingiram uma coloração quase branca pela falta de sangue diante da força imposta na maneira que estou os contorcendo. Essa sensação lembra-me dos momentos nos quais minha mãe pressentiu que alguma coisa ruim fosse acontecer com meus irmãos. Por isso estou com medo e confusa, os dois sentimentos aliaram-se contra mim, quase posso escutar a risada debochada deles ecoando perto dos meus ouvidos. Respiro fundo e, inesperadamente, não consigo sentir o ar chegar nos pulmões com a intensidade presente na inspiração.
— Calma. Você está quase tendo uma crise de ansiedade. Inspire e solte o ar lentamente. — Engulo em seco e tento seguir as instruções. — Isso... Continue — encoraja. Sua face não possui nenhuma expressão, mas detém um breve poder de me acalmar. — Está se sentindo melhor?
— S-sim — digo, um pouco mais calma. Merda, nem consegui notar essa crise chegando, justamente por nunca ter acontecido. — Essa é a primeira vez que tenho uma crise durante a consulta.
Isso é estranho. Nem nos momentos quando hesitava em contar sobre Devon algo parecido aconteceu.
— Isso é normal. A ansiedade pode ser vista como algo banal, muitas pessoas têm crises e nem associa à ansiedade — pausa, ela parece estar buscando as palavras certas. — Na última consulta não me recordo se perguntei a respeito, me perdoe se estiver repetindo algo que já respondeu. Quando você irá receber uma resposta de Juilliard?
